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FUSO 2024 – 27 de Agosto a 1 de Setembro

27 Agosto, 18h30
Duplacena 77

Curadoria 
Rachel Korman

Há 5 anos o FUSO lançou âncoras na ilha de São Miguel com o intuito de suprir uma lacuna existente no panorama artístico do Arquipélago dos Açores no que diz respeito à formação e ao conhecimento na área da imagem em movimento.
Criou-se então o FUSO INSULAR – Mostra de Videoarte dos Açores.
Dentre as atividades desenvolvidas está o Laboratório Imagem em Movimento – um programa de residência criativa que é um espaço/tempo para aprendizagem, pesquisa e experimentação e que acontece durante o verão na ilha de São Miguel.

O programa é dirigido aos açorianos em geral e às pessoas que vivem nos Açores, sejam elas artistas ou não, mas que tenham interesse nas artes cinematográficas e vontade de criar a sua própria obra em vídeo.
O propósito do Laboratório é munir os participantes de conteúdos e referências e apoiar no desenvolvimento e na concretização dos trabalhos.

MOSTRA FUSO INSULAR
Filmes que transitam entre territórios físicos e afetivos, com um olhar poético mas também crítico da sociedade em que vivemos. Assim podemos descrever as obras criadas durante o Laboratório Imagem em Movimento do FUSO INSULAR de 2023 e que apresentamos nesta 16ª edição do FUSO.

Em pleno verão açoriano de 2023, os residentes Anita Nemet, Carolina Rocha, Elliot Sheedy, Fernando Nunes, Gustavo Fernandes, Luís Brum, TAT e Tiago Correia mantiveram encontros com os artistas Daniel Blaufuks e André Laranjinha para, em conjunto, refletirem sobre a imagem em movimento enquanto expressão artística transversal a todas as práticas. Escreveram guiões, captaram imagens e sons, aventuraram-se por ilhas de edição, em busca de como contar uma história, a sua história. E o resultado são filmes que transitam entre o sonho e a dor de uma guerra, que vão à procura do autoconhecimento e da beleza no mundo contemporâneo, que fazem uma ode à comunidade em forma de poesia visual. 

Nesta edição da Mostra apresentamos uma coleção de narrativas, em vídeos que exploram diversas linguagens, desde a performance à dança, o cinema experimental, a fotografia, a literatura e as artes digitais – trazendo nas suas criações a diversidade do panorama artístico açoriano.

A Mostra Fuso Insular pode ser vista durante a semana do FUSO (28 agosto a 1 setembro) das 14h00 às 18h00 e dias 5, 6 e 7 de setembro, das 16h00 às 20h00 no espaço Duplacena 77 (Regueirão dos Anjos, 77 Lisboa).

TAT – existing, getting through

huum… catching feelings, falling for illusions 

é assim
à procura de amor que de nada me vale
pois
não é próprio

sente, cai, levanta-se, cai, sente, levanta-se, anda, cai, rasteja…
self-sabotage? check
self-devaluation? ckeck
infernal void? check
saúde mental: decadente 
exaustão…
quem me ajuda? SNS? buff… (the government makes it a joke) 

in the end of the day: being human, existing, it’s a one of a kind experience. try to live it in the best way possible. 

[I’ll find the forms of love that I’m searching for. Or they will find me.]

{song suggestions: rebel girl – bikini kill; scream of the butterfly – acid bath; send me an angel – real life}


Gustavo Fernandes – O Quebrar da Noite

Imaginar a noite e o mar. E as janelas que neles habitam. Tentar deslindar a respiração da ilha e o mirar dos vivos que nela caminham. Também as sombras que permanecem na palma da mão e as outras que se adivinham por entre cortinas luminosas. Estará o sonho na mansidão das casas? No profundo do mar? Ou ainda na dobra do peito que resguarda a noite?


Luís P Brum – Plano Coronal

O plano coronal é uma descrição anatómica. Divide o corpo, longitudinalmente, em frente e costas. Da cabeça aos pés. Na anatomia serve para descrever o ponto de vista do qual se olham os órgãos. Esta peça apresenta um sonho em que se experiencia uma tensão inimaginável dos pés à cabeça e o impacto desta sobre o gesto de dormir.


Tiago Correia – Quietude

Um convite para uma jornada íntima de alguém em busca de significado e paz interior. Num mundo agitado, encontra refúgio num santuário isolado, onde os seus pensamentos e emoções se entrelaçam numa dança única. À medida que o tempo passa, entrega-se à calma profunda e à introspeção, encontrando consolo na serenidade do seu próprio ser. É um olhar de esperança, autenticidade e redescoberta, onde a dança é a linguagem que o liga às profundezas da sua alma.


Elliot Sheedy – Silicon Dolls

Silicon Dolls é uma montagem trabalhada a partir de diversas fontes mainstream de imagens.
As novas divindades da nossa realidade são aquelas que não vemos – e que nos recusamos a acreditar que existam. A nossa sociedade zomba dos fanáticos religiosos dos nossos ancestrais: os Deuses Egípcios, os Gregos Antigos, os míticos adoradores de dragões. O novo panteão de deuses adorados pelas pessoas são as celebridades e os ícones de beleza, que ubiquamente cobrem todos os aspetos do mundo das comunicações – esta é a forma atual de politeísmo humano; contrariamente, a forma contemporânea de monoteísmo praticada por uma quantidade inumerável de pessoas é um gesto de auto glorificação e auto deísmo.


Carolina Rocha – Trajeto Habitual

Trajeto Habitual constitui uma performance que tem o propósito ser uma metáfora à vida e, consequentemente, à morte. Fala-nos, ainda, sobre a imprevisibilidade da nossa existência, “a espantosa realidade das coisas”, como refere Alberto Caeiro, em contraponto com a impermanência, ou a efemeridade das coisas. Ilustra um corpo que gira sobre si próprio, como uma criança que desconhece os seus limites e brinca despreocupada, com esse mesmo movimento. Experimenta a sensação de tontura e da consequente alteração na perceção, mas persiste. É uma forma de perceber a realidade e de se expressar emocionalmente.


Fernando Nunes – Três Haikais, um Peixe Surfista e uma Canção de Amor para o Areal

Um dos lugares mais frequentados para a prática quotidiana do surf é o Areal de Santa Bárbara, mas terá sido sempre assim? Quem são os seus habitantes e os que chegam de novo? Que história guarda aquele lugar? O que podemos esperar do seu futuro?


Anita Nemet – What I’m looking at

🌫️ 💨 ☁️ 🌪️ 🌑 🕸️ 🕳️

FUSO 2024 – August 27th to September 1st

August 27th, 6.30pm
Duplacena 77

Curator 
Rachel Korman

 

Six years ago, FUSO dropped anchor on the island of São Miguel and created FUSO Insular – Azores Video Art Exhibition. This initiative arose as a direct response to address a notable void within the Azorean artistic panorama regarding training and knowledge in the field of the moving image. Among the activities developed within the FUSO Insular is the creative residency program called Laboratório Imagem em Movimento (Moving Image Laboratory) – a space/time for learning, research, and experimentation that takes place during the summer on the island of São Miguel. The Laboratory is open to people living in the Azores, whether they are artists or not, with the drive to create their own video work. The purpose is to provide content and references and support to the participants during the development and realization of their works.

Azores Video Art Exhibition
Eight films that move between physical and emotional territories, with a poetic but also critical look at the society we live in, make up the Azores Video Art Exhibition. 

The works were created last year during Fuso Insular’s residency programme – Moving Image Laboratory.
For three months the participants – Anita Nemet, Carolina Rocha, Elliot Sheedy, Fernando Nunes, Gustavo Fernandes, Luís Brum, TAT and Tiago Correia – met with artists Daniel Blaufuks and André Laranjinha to jointly reflect on the moving image as an artistic expression that cuts across all practices. They wrote scripts, captured images and sounds, ventured into editing islands in search of how to tell a story, their story.
And the result is films that move between the dream and the pain of war, the search for beauty in the contemporary world and self-knowledge, or an ode to a community in the form of visual poetry. 

In this edition of the Azores Video Art Exhibition, we present a collection of narratives in videos that explore different languages – performance, dance, experimental cinema, photography, literature and digital arts – bringing the diversity of the Azorean art scene to their creations.

The Azorean Video Art Exhibition can be seen during FUSO week (August 28 to September 1) from 2pm to 6pm and on September 5, 6 and 7 from 4pm to 8pm at Duplacena 77 (Regueirão dos Anjos, 77 Lisboa).

TAT – existing, getting through

huum… catching feelings, falling for illusions 

é assim
à procura de amor que de nada me vale
pois
não é próprio

sente, cai, levanta-se, cai, sente, levanta-se, anda, cai, rasteja…
self-sabotage? check
self-devaluation? ckeck
infernal void? check
saúde mental: decadente 
exaustão…
quem me ajuda? SNS? buff… (the government makes it a joke) 

in the end of the day: being human, existing, it’s a one of a kind experience. try to live it in the best way possible. 

[I’ll find the forms of love that I’m searching for. Or they will find me.]


Gustavo Fernandes – O Quebrar da Noite

Imagine the night and the sea, and the windows that open onto them. Attempt to unravel the island’s whispered breath and the gaze of the living who tread upon it. And the shadows that remain in the palm of the hand, as well as those glimpsed through luminous curtains. Does the dream reside in the stillness of the houses, deep within the sea, or within the crease of the chest that guards the night?


Luís P Brum – Plano Coronal

The coronal plane, an anatomical term, divides the body into back and front portions, from head to toe. In anatomy, it provides a perspective from which organs are observed. In this piece, we explore a dream where one confronts an indescribable tension that spans from head to toe, and its impact on the act of sleeping.


Tiago Correia – Quietude

Embark on an intimate journey with someone in search of meaning and inner peace. In a bustling world, seek refuge in a secluded sanctuary, where thoughts and emotions intertwine in a unique dance. With the passage of time, he yields to profound tranquility and introspection, seeking solace in the serenity of his own existence. It’s a gaze filled with hope, authenticity, and rediscovery, where dance becomes the language connecting him to the depths of his soul.


Elliot Sheedy – Silicon Dolls

Silicon Dolls is a work of montage from various “mainstream” sources of imagery.
The new deities of our reality are the ones which we do not see – and refuse to believe they exist. Our society scoffs at the religious fanatics of our ancestors: the Egyptian Gods, the ancient Greeks, the mythical dragon worshipers. The new pantheon of Gods that people worship are the celebrities and the beauty icons, who ubiquitously glaze all aspects of the media world – this is the current form of human polytheism; contrarily, the contemporary form of monotheism practiced by innumerable people is the act of self-glorification and self-deism.


Carolina Rocha – Trajeto Habitual

Trajeto Habitual is a performance that serves as a metaphor for life and, by extension, for death. It delves into the unpredictability of our existence, highlighting what Alberto Caeiro referred to as “the astonishing reality of things” in contrast to their impermanence and ephemerality. The performance portrays a body in constant motion, reminiscent of a carefree child exploring its boundaries, all within the same fluid movement. It evokes the feeling of dizziness and the resulting shift in perception while enduring as a method for comprehending reality and conveying emotional expression. It conveys the sensation of dizziness and the consequent shift in perception, while enduring as a means of understanding reality and expressing oneself emotionally.


Fernando Nunes – Três Haikais, um Peixe Surfista e uma Canção de Amor para o Areal

One of the most frequented surf spots for daily practice is the Areal de Santa Bárbara. But, was it always like this? Who are its residents, both old and new? What tales lie within its history? What does the future hold for this place?”


Anita Nemet – What I’m looking at

🌫️ 💨 ☁️ 🌪️ 🌑 🕸️ 🕳️