[pt_banner uniq_id="5ed7b3683f314" style="style2" arrow_next_screen="off" social_buttons="off" height="150"][pt_banner_item uniq_id="5ed7b4fb842c3" background_type="color" vertical_align="bottom" background_color="#282d28" sub_heading="Feitos e Ditos de Nasreddin II" sub_heading_size="40" button_text_color="#ffffff" heading="Pierre-Marie Goulet 2016, 30’, Ficção"][/pt_banner]

As histórias de Nasreddin procedem a uma deslocação do “ponto de vista” que estilhaça a nossa maneira de ver as coisas. Para lá do riso, elas têm infinitas ressonâncias. Acompanhamos Nasreddin em diversas atividades quotidianas, quer interrogando-se com a sua mulher sobre a agitação do mundo, quer esforçando-se por prover as necessidades alimentares da sua casa ou tentando responder à demanda de sabedoria de um adolescente. O que é óbvio para Nasreddin põe em causa o que parece óbvio, e perante o espanto dos seus interlocutores ele mostra a serenidade daquele que agiu com toda a lógica.

Nasreddin Hodja é o “herói” de centenas de histórias onde o riso é provocado pela sua ingenuidade e pela alteração da nossa logica habitual. Nasreddin é uma das figuras mais populares do Próximo e do Médio Oriente, das Balcãs, mas encontram-se histórias idênticas na India, na China, na África do Norte, na Arménia, na Grécia, etc…

Para lá das suas origens geográficas, históricas e culturais, estas histórias têm uma ressonância universal que se manifesta bem pela quantidade de países em que elas se expandiram. Elas têm em comum proceder a uma deslocação do “ponto de vista” que estilhaça a nossa maneira estabelecida de ver as coisas, as pessoas e a relação entre elas e o mundo. Para lá do sorriso elas têm infinitas ressonâncias. Sobre as ruínas duma ordem completamente destruída pode nascer um outro olhar.  Não é, portanto, um mero acaso se as primeiras histórias de Nasreddin que me foram contadas, o foram por turcos sufis, que se deleitavam a contá-las utilizando-as, como quem não quer a coisa, para trazer uma nova luz a uma situação quotidiana.

Seria no entanto nefasto tentar fazer uma aproximação “didática” ou pretensamente “profunda” do conteúdo destas histórias e de querer a todo custo fazê-las revelar toda a sua sabedoria. Seria fechá-las numa gaiola demasiado estreita, pois o mais fundo da sua sabedoria não se deixa enclausurar. Elas são portadoras de uma riqueza infinitamente maior que a que revela o equivalente à “moral de uma fábula”.

Deixemo-nos por isso levar simplesmente, ingenuamente, pelo sorriso que elas podem suscitar em nós. O resto fará o seu caminho se não nos preocuparmos intempestivamente com isso.

Realização, Argumento e Montagem
Pierre-Marie Goulet

Com
Luís Rego (como Nasreddin)
Teresa Garcia
António Cunha
João Calvário
João Raimundo
José Vaz (Zeca)
António Fernandes
António Câmara Manuel
Salhah Lahraoui
Margarida Pamplona Leite
A burra Boneca

1º Assistente de realização
Teresa Garcia

2º Assistente de realização
Rossana Torres

Direção de produção
Helena Baptista

Produtores
António Câmara Manuel (DuplaCena)
Chantal Dubois (Aum Films)

Chefe de produção
Mariana Carvalho

Assistente de produção
Susana Lopes

Cinematografia
Acácio de Almeida

1º Assistente de imagem
Iana Ferreira

2º Assistente de imagem
Tiago Amador

Chefe eletricista/maquinista
João Oliveira

Eletricista/maquinista
Bruno Oliveira

Som
Pedro Melo

Montagem de som
Ève Corrêa-Guedes

Mistura de som
Hugo Leitão

Direção de arte
João Calvário

Assistentes de decoração
João Raimundo
Adriano Fernandes
Nádia Torres

Guarda-roupa
Posie Goulet

Figurinos
Flôr Hernandes

Costureira
Lurdes Gonçalves

Fotografia de cena
António Cunha

Filmado em
Mértola
Alentejo
Portugal

Coprodução
DuplaCena (Portugal)
Athanor (Portugal) Aum Films (França)

Financiamento
ICA

Distribuição
DuplaCena
Athanor
Aum Films