“A CAÇA”

O Bando

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A Caça encerra uma trilogia teatral iniciada em 2006.


Depois de
Grão de Bico, ponto de partida que explorou a voz e o gesto, e de Linha de Viagem, a qual percorreu a pintura de Nadir Afonso e nos hipnotizou com a vertigem da dança, chegamos agora ao plano da estação com A Caça, onde se exploram as sensações surpreendentes despoletadas pelo cinema.

Com encenação de Rogério de Carvalho (galardoado com o Prémio da Crítica por duas vezes e também com o Prémio Garrett e o Prémio Almada), A Caça é também o nome da curta-metragem homónima de Manoel de Oliveira, estreada em 1964. Cruzando as linguagens do teatro e do cinema, colocamo-nos assim entre o palco e a tela, entre os atores e a projeção, de modo a podermos acompanhar os passeios de dois amigos, dois caçadores sem espingarda que atravessam lameiros e observam a violência quotidiana dos homens, a agressividade da natureza.

Apresentada no ambiente intimista de uma tenda idealizada propositadamente para esta trilogia, em A Caça cruzam-se também dois universos: o mundo adulto e o imaginário da infância, num espetáculo que sublinha e sublima a definição de plano-objeto geométrico infinito a duas dimensões.

“Em vez de criar performances onde as crianças são protegidas da crueza da realidade, o que nos seduz é a possibilidade de uma linguagem artística que possibilite ao jovem espectador o confronto com essa mesma realidade, utilizando mecanismos próprios de defesa e ajuste a circunstâncias e emoções adversas. “

João Brites

 

 

 

Ficha técnica

 

A partir da curta-metragem homónima de Manoel de Oliveira

Encenação Rogério de Carvalho 

Espaço cénico Rui Francisco, João Brites 

Corporalidade Luca Aprea 

Figurinos e Adereços Clara Bento 

Interpretação Crista Alfaiate, Miguel Eloy, Sara de Castro 

Criação Teatro O Bando 

Parceria Centro Cultural Vila Flor

“A CAÇA”

O Bando

 

A Caça concludes a theatrical trilogy that began in 2006.


After
Grão de Bico, a starting point that explored the voice and gesture, and Linha de Viagem, which traveled through Nadir Afonso’s painting and hypnotized us with the vertigo of dance, the collective now features A Caça, where unforeseen feelings triggered by the cinema are explored.

With the staging by Rogério de Carvalho (winner of the Critics Award twice and also the winner of the Garrett Prize and the Almada Prize), A Caça is also the name of the homonymous short-film by Manoel de Oliveira, released in 1964. Crossing the languages ​​of theater and cinema, we stand between the stage and the screen, between the actors and the projection, so we can follow the walks of two friends, two hunters without shotguns who cross sloughs and observe the daily violence of men, the aggressiveness of nature.

Presented in the intimate atmosphere of a tent idealized purposively for this trilogy, in A Caça two universes are crossed: the adult world and the childhood imaginary, in a show that underlines and sublimates the definition of an infinite geometrical plane-object in two dimensions.

“Instead of creating performances where children are protected from the rawness of reality, what seduces us is the possibility of an artistic language that enables the young spectator the confrontation with that same reality, using its own defense and adjustment mechanisms to adverse circumstances and emotions.”

João Brites

 

 

 

Credits

 

From the homonym short-film by Manoel de Oliveira

Staging Rogério de Carvalho

Scenic space Rui Francisco, João Brites

Support to body language Luca Aprea

Costumes and Props Clara Bento

Performers Crista Alfaiate, Miguel Eloy, Sara de Castro

Creation Teatro O Bando

Partnership Centro Cultural Vila Flor