“LIARS”
Inês Jacques
A identidade da imagem-movimento própria do cinema é aqui traduzida e recriada em composição coreográfica.
Com música do projeto de João Branco Kyron “O Maquinista”, Inês Jacques apresenta um espetáculo em que o movimento se materializa em lógicas de manipulação e edição importadas da sétima arte.
No seguimento de Renée Adorée, que trouxe as imagens dos primórdios do cinema para o corpo, esta peça aprofunda esta abordagem evidenciando a imagem-movimento como metalinguagem que reflete os seus próprios mecanismos. Aqui, mantenho o objetivo da peça anterior: fazer “cinema ao vivo” recorrendo apenas ao movimento e a uma relação direta, relação essa que exige do público um estado de atenção dinâmica através do questionar da ficção, da linearidade, raccords verdadeiros e falsos, da narrativa; no fundo, o ponto de vista da mesa de montagem. Mantém-se a intenção da sensação de cinema através do uso das suas características: planos, tipos de montagem, noção de tempo e espaço, entre outras. Estas características estão, a meu ver, intimamente ligadas à composição coreográfica, tendo presente a ideia de que o movimento é uma imagem que continuamente se constrói e destrói a si mesma.
Ficha técnica
Direção artística, Coreografia e Espaço cénico Inês Jacques
Interpretação Carlota Corte-Real, Filipe Pereira, Tiago Barbosa
Música O Maquinista
Assistência de direção Artística Pietro Romani
Desenho de luz José Manuel Rodrigues
Vídeo Sérgio Cruz
Performer no vídeo Nick
Figurino da “Entidade Peluda” Pedro Pedro
Produção Zut!
Coprodução Festival Temps d’Images (PT), Escola Superior de Dança (PT), Parc de la Villette (FR), Pépinières pour les Jeunes Artistes (FR), Residências de Criação – O Espaço do Tempo (PT), Parc de la Villette (FR)
Apoios financeiros Fundação Calouste Gulbenkian, Embaixada de Portugal em França
“LIARS”
Inês Jacques
The identity of the image-movement of the cinema itself is here translated and recreated in a choreographic ensemble.
With a soundtrack from João Branco Kyron’s project “O Maquinista”, Inês Jacques presents a show in which the movement materializes in manipulation and editing logics transposed from the seventh art.
Following Renée Adorée’s work, who brought the images from the beginnings of cinema to the body, this show deepens this approach by presenting the image-movement as metalanguage which reflects its own mechanisms. Here, I keep the aim of the previous show: to make “live cinema” using only the movement and a direct relationship, a relationship which demands to the audience a state of dynamic attention through the questioning of fiction, of linearity, of true and false hooks, of the narrative; therefore, the editing table’s point of view. It maintains the intention of the cinema sensation through the use of its features: shots, editing techniques, notion of time and space, among others. For me, these features are intimately linked to choreographic composition, bearing in mind the idea that movement is an image which continually creates and destroys itself.
Credits
Artistic direction, Choreography and Scenic space Inês Jacques
Performance Carlota Corte-Real, Filipe Pereira, Tiago Barbosa
Soundtrack O Maquinista
Artistic direction assistant Pietro Romani
Lighting design José Manuel Rodrigues
Video Sérgio Cruz
Performer on video Nick
Costume from “Entidade Peluda” Pedro Pedro
Production Zut!
Co-production Festival Temps d’Images (PT), Escola Superior de Dança (PT), Parc de la Villette (FR), Pépinières pour les Jeunes Artistes (FR), Residências de Criação – O Espaço do Tempo (PT), Parc de la Villette (FR)
Financial support Fundação Calouste Gulbenkian, Embaixada de Portugal em França