“RIP”
Francisco Camacho, Bruno de Almeida
Esta criação centrada na condicionalidade, no “E… Se?”, questiona as possibilidades dessa efabulação, desse território ficcional em cenários psíquicos nos quais a materialidade dos corpos não permite antever toda a extensão dos modos de apreensão pelos quais a peça se torna inteligível.
A ambivalência das figuras constitui momentos de conflitualidade, onde se geram respostas de conformidade, resistência e destruição. São fundamentais certas lógicas cromáticas desenvolvidas com os figurinos e a iluminação. O filme de Bruno de Almeida sublinha essa ambivalência, por justaposição e contradição, pelas paisagens psíquicas que propõe.
Reajustar o olhar na busca de novas possibilidades de sentido é uma das condições de existência deste trabalho, assente na introdução de variações e de alterações, em que participam a ironia e a comédia. A duplicidade do ego e aceitação da renúncia à vida psíquica permitem espaços de projeção em que podemos entreolhar os nossos próprios mundos interiores. Esta criação procura suscitar interrogações éticas em quem está no palco e em quem assiste. É nessa interrogação que se quer habitar neste espetáculo.
João Manuel de Oliveira
Ficha técnica
Direção artística Francisco Camacho
Filme e Sonoplastia Bruno de Almeida
Criação e Interpretação Mariana Tengner Barros, Rafael Alvarez, Tiago Cadete e Francisco Camacho
Figurinos Carlota Lagido
Apoio dramatúrgico João Manuel de Oliveira
Desenho de luz e Direção técnica Frank Laubenheimer
Assistência de ensaios Elizabete Francisca
Produção EIRA
Coprodução EIRA, Festival Citemor, DuplaCena/Festival Temps d’Images
Apoio Asas do Sul, Eurocabos
Agradecimentos Alkantara
“RIP”
Francisco Camacho, Bruno de Almeida
This creation is based on conditionality, on the “what if” clauses. RIP questions the possibilities of that efabulation, of that fictional territory with psychic scenarios where the materiality of the bodies does not allow to foresee the full extent of the apprehension modes by which this performance becomes intelligible.
The ambivalence of the figures triggers moments of conflict that generate responses of compliance, resistance and destruction. Certain chromatic logics developed with the costumes and lighting are fundamental to this construction. The film by Bruno de Almeida emphasizes this ambivalence, by juxtaposition and contradiction, proposing psychic landscapes.
To readjust the gaze to the search for new possibilities of meanings is one of the conditions of existence of this work, by introducing changes and variations, involving irony and comedy. The duplicity of the ego and the acceptance of the renunciation to a psychic life allow spaces of projection in which we can look to our inner worlds. This creation raises ethical questions on who is on stage but also in the audience. It is in this questioning that we want to inhabit in this performance.
João Manuel de Oliveira
Credits
Artistic direction Francisco Camacho
Film and Sound Bruno de Almeida
Concept and Performance Mariana Tengner Barros, Rafael Alvarez, Tiago Cadete and Francisco Camacho
Costumes Carlota Lagido
Dramaturgical support João Manuel de Oliveira
Lighting design and Technical direction Frank Laubenheimer
Rehearsals assistant Elizabete Francisca
Production EIRA
Co-production EIRA, Festival Citemor, DuplaCena/Festival Temps d’Images
Support Asas do Sul, Eurocabos
Acknowledgements Alkantara