“ACHAS QUE TE QUERIA MATAR?”
Olga Mesa
LabOratorio/labOfilm é um projeto de oficinas coreográficas gerador de instalações evolutivas (dípticos audiovisuais), iniciado em 2011 por Olga Mesa.
Nesta dupla projeção poderemos ver dois pontos de vista, de uma única cena. Rostos e corpos de mulheres de várias idades encontram-se, escondem-se, ocultam-se, olham-se, tocam-se e confundem-se num labirinto imaginário de ressonâncias espaciais e evocações. O som, recôndito multiplica e impõe os espaços.
A coreógrafa propõe a encenação do corpo Operador* numa rodagem. Num espaço labiríntico cheio de “fora de campo”, o corpo, a camara, o movimento, o som e a voz, traduzem a relação do ser com o mundo, com a realidade e a ficção, com o visível e invisível, com a memória individual e coletiva.
Este corpo Operador* não hierarquizado constrói a sua identidade, abandonado a uma experiência de relevo e intercâmbio dentro do grupo, onde observar e ser observado será tão importante como acionar; e onde o outro será o lugar a partir do qual se irá construir uma memória comum.
*corpo Operador: corpo-olho que captura os seus impulsos e decisões num diálogo com a camara. Corpo que interpreta e realiza simultaneamente a montagem de uma sequência cinematográfica em tempo real, ou em diferido. Corpo num campo de batalha. É o ponto de contacto, e muitas vezes de choque entre o visível e o (in)visível, entre a ficção, o real e o imaginário.
Ficha técnica
“ACHAS QUE TE QUERIA MATAR?”
Olga Mesa
LabOratorio/labOfilm is a project of choreographic workshops generator of evolutionary installations (audiovisual diptychs), started in 2011 by Olga Mesa.
In this double projection we can see two points of view, of a single scene. Faces and bodies of women from multiple ages meet, hide, look, touch themselves, and blend into an imaginary labyrinth of space resonances and evocations. The sound, recondite, multiplies and imposes the spaces.
The choreographer proposes the enactment of the Operator body* in a set. In a labyrinthine space full of “off-screen”, the body, the camera, the movement, the sound and the voice, translate the relationship of the being with the world, with the reality and fiction, with the visible and invisible, with the individual and collective memory.
This non-hierarchical Operator body* constructs its identity from an experience of release and interchange within the group, where observing and being observed will be as important as triggering; and where the other will be the place from which a common memory will be built.
*Operator body: body-eye that captures its impulses and decisions in a dialogue with the camera. A body that interprets and simultaneously does the editing of a cinematic sequence in real time, or in delay. A body on a battlefield. It is the point of contact, and often a confront between the visible and the (in)visible, between fiction, the real and the imaginary.
Credits