RETROSPECTIVA VÍDEO | SENTISTE A MINHA FALTA?

Miguel Bonneville

ENGLISH

De 2004 a 2023, Miguel Bonneville construiu uma obra audiovisual que atravessa fronteiras entre a videoarte, o cinema experimental, a performance e o videoclip. Esta retrospectiva reúne, pela primeira vez, trabalhos realizados ao longo de quase duas décadas, incluindo peças inéditas, revelando a persistência de um olhar irónico, íntimo e político.
Entre registos de performance, narrativas fragmentadas e exercícios musicais, esta mostra traça uma arqueologia poética e indisciplinada da sua prática artística, permitindo revisitar diferentes fases de criação e testemunhar a consistência de uma linguagem que desafia géneros, formatos e convenções.

Bio

Miguel Bonneville
Porto, 1985. Artista transdisciplinar que cria obras autoficcionais, centradas na desconstrução e reconstrução da identidade, explorando questões de género, morte e espiritualidade. O seu trabalho combina múltiplas linguagens artísticas, incluindo escrita, música, vídeo e performance. Desde 2003, tem apresentado o seu trabalho nacional e internacionalmente, sobretudo os projectos seriados Family Project, Miguel Bonneville e A Importância de Ser.
Recebeu o Prémio da Rede Ex Aequo (2015) pelos espectáculos Medo e Feminismos, em colaboração com Maria Gil, e A Importância de Ser Simone de Beauvoir.
Estudou Interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo (2000-2003), tendo complementado os seus estudos com os cursos de: Artes Visuais na Fundação Calouste Gulbenkian/Programa Criatividade e Criação Artística (2006), Autobiografias, Histórias de Vida e Vidas de Artista no CIES-ISCTE (2008), Arquivo – Organização e Manutenção no Citeforma (2013), Cyborgs, Sexo e Sociedade na FCSH (2016), e Filosofia e Arte na Mute (2017), entre outros.
Recebeu bolsas da Fundação Calouste Gulbenkian, do Centro Nacional da Cultura – Jovens Criadores, da Câmara Municipal do Funchal – Bolsa de Criação Artística/Escrita e do programa Culture Moves Europe.
Fez parte da Direcção Artística do Teatro do Silêncio (2018-2023), e do núcleo de artistas representados pela Galeria 3+1 Arte Contemporânea (2009-2013) e pela estrutura de dança contemporânea Eira (2004-2006).
Realizou filmes e vídeos como Camera Obscura (2023), Um medo com duas grandes faces (2022), Traça (2016), A landscape of failure (2008), entre outros. E teve financiamento do Apoio à Escrita e Desenvolvimento de Obras Cinematográficas 2021 – ICA para desenvolver o argumento da sua ideia original para longa-metragem de ficção Paisagem com pássaros amarelos (2021-2023), com produção da Cedro Plátano.
Publicou os livros: Os diários de C.C. Rausch (Corpos Editora, 2006), Ensaios de santidade (Sr. Teste, 2021), O pessoal é político (Douda Correria, 2021), Livro do Daniel e outros textos (Urutau, 2024), e ainda as edições de artista Jérôme, Olivier et moi (Homesession, 2008), Notas de um primata suicida (2017), e, pelo Teatro do Silêncio, Dissecação de um cisne (2018), Lamento do ciborgue (2021), Recuperar o corpo (2021) e Câmara escura (2022).
Contribuiu com vários textos para as revistas portuguesas Flanzine, WrongWrong, Dobra, Cine Qua Non, e Faces de Eva, e ainda para a revista brasileira Periódicus, entre outras publicações.
Foi artista residente no Sítio das Artes, CAMJAP/Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2007), Homesession (Barcelona, 2008), Mugatxoan/Fundação de Serralves (Porto, 2010), Festival Transeuropa2012 (Hildesheim, 2012), Arts Printing House (Vilnius, 2013), Arte y Desarrollo (Madrid, 2014), e La Box (Bourges, 2018), entre outros.

Ficha Técnica

Autoria
Miguel Bonneville

Com a colaboração de autores e artistas como
Vanda Cerejo, Ana Wilson, António A., Sofia Arriscado, Luís Araújo, José Miguel Vitorino, Cláudia Varejão, Joana Linda, Diogo Bento, Víctor Gonçalves, António Afonso Parra, Afonso Santos, Oak Kristopher, Tânia Pena, Bruno Senune, Nuno Patinho, Davi Pontes e Minta & The Brook Trout

VIDEO RETROSPECTIVE | DID YOU MISS ME?

Miguel Bonneville

From 2004 to 2023, Miguel Bonneville has built an audiovisual body of work that crosses boundaries between video art, experimental cinema, performance, and music videos. This retrospective brings together, for the first time, works created over almost two decades, including previously unseen pieces, revealing the persistence of an ironic, intimate, and political gaze.
Between performance records, fragmented narratives, and musical exercises, this exhibition traces a poetic and undisciplined archaeology of his artistic practice, allowing us to revisit different phases of creation and witness the consistency of a language that challenges genres, formats, and conventions.

Miguel Bonneville (Porto, 1985.)
Transdisciplinary artist who creates autofictional works focused on the deconstruction and reconstruction of identity, exploring issues of gender, death, and spirituality. His work combines multiple artistic languages, including writing, music, video, and performance.
Since 2003, he has presented his work nationally and internationally,
particularly the serial projects Family Project, Miguel Bonneville, and A
Importância de Ser. Bonneville received the Rede Ex Aequo Award (2015) for the
shows Medo e Feminismos, in collaboration with Maria Gil, and A Importância
de Ser Simone de Beauvoir.
Studied Acting at the Academia Contemporânea do Espectáculo (2000-2003), complementing his studies with courses in: Visual Arts at the Calouste Gulbenkian Foundation/Creativity and Artistic Creation Program (2006), Autobiographies, Life Stories, and Artists’ Lives at CIES-ISCTE (2008), Archiving – Organization and Maintenance at Citeforma (2013), Cyborgs, Sex, and Society at FCSH (2016), and Philosophy and Art at Mute (2017), among others.
He has received grants from the Calouste Gulbenkian Foundation, the National Culture Center – Young Creators, the Funchal City Council – Artistic Creation/Writing Grant, and the Culture Moves Europe program.
He was part of the Artistic Direction of Teatro do Silêncio (2018- 2023), and of the group of artists represented by Galeria 3+1 Arte Contemporânea (2009-2013) and by the contemporary dance structure Eira (2004-2006).
He has made films and videos such as Camera Obscura (2023), Um medo com duas grandes faces (2022), Traça (2016), A landscape of failure (2008), among others. He received funding from the 2021 Support for Writing and Development of Cinematographic Works – ICA to develop the script for his original idea for a feature film, Paisagem com pássaros amarelos (Landscape with Yellow Birds) (2021-2023), produced by Cedro Plátano.
He has published the books: Os diários de C.C. Rausch (Corpos Editora, 2006), Ensaios de santidade (Sr. Teste, 2021), O pessoal é político (Douda Correria, 2021), Livro do Daniel e outros textos (Urutau, 2024), as well as the artist’s editions Jérôme, Olivier et moi (Homesession, 2008), Notas de um primata suicida (Notes of a suicidal primate) (2017), and, for Teatro do Silêncio, Dissecação de um cisne (Dissection of a swan) (2018), Lamento do ciborgue (Lament of the cyborg) (2021), Recuperar o corpo (Recovering the body) (2021), and Câmara escura (Darkroom) (2022).
He has contributed several texts to the Portuguese magazines Flanzine, WrongWrong, Dobra, Cine Qua Non, and Faces de Eva, as well as to the Brazilian magazine Periódicus, among other publications.
He was artist-in-residence at Sítio das Artes, CAMJAP/Calouste Gulbenkian Foundation (Lisbon, 2007), Homesession (Barcelona, 2008), Mugatxoan/Serralves Foundation (Porto, 2010), Festival Transeuropa2012 (Hildesheim, 2012), Arts Printing House (Vilnius, 2013), Arte y Desarrollo (Madrid, 2014), and La Box (Bourges, 2018), among others.

Credits

Author
Miguel Bonneville

With the collaboration of authors and artists such as
Vanda Cerejo, Ana Wilson, António A., Sofia Arriscado, Luís Araújo, José Miguel Vitorino, Cláudia Varejão, Joana Linda, Diogo Bento, Víctor Gonçalves, António Afonso Parra, Afonso Santos, Oak Kristopher, Tânia Pena, Bruno Senune, Nuno Patinho, Davi Pontes e Minta & The Brook Trout