Na sua 3ª edição, o FUSO INSULAR retorna à ilha de São Miguel com uma programação alargada.
Além das três sessões habituais da Mostra de Videoarte, há um Ciclo de Cinema dedicado ao pensamento e à criação da artista convidada Susana de Sousa Dias.
Responsável pela formação teórica dos oito artistas que participaram do programa de residência Laboratório Imagem em Movimento, realizado durante o verão na ilha de São Miguel, Susana de Sousa Dias é também curadora de uma das sessões da Mostra de Videoarte, com obras em vídeo de autores internacionais que desafiam as fronteiras contemporâneas, sejam elas naturais, humanas ou virtuais.
Outro destaque desta edição é a sessão dedicada à videoarte contemporânea portuguesa. Com selecção e apresentação do curador Jean-François Chougnet, o programa apresenta vídeos que tratam dos limites e das urgências de um mundo em pandemia.
As obras criadas pelos artistas residentes do Laboratório Imagem em Movimento, sob orientação teórica de Susana de Sousa Dias e acompanhamento prático de André Laranjinha, são apresentadas ao público em sessão especial. Auto-biográficas ou ficcionais, as obras reflectem de forma crítica, mas também afectiva, as relações dos artistas com o território, sua gente e costumes.
Em paralelo à Mostra, realiza-se o Ciclo de Cinema Susana de Sousa Dias, com a exibição de três filmes da realizadora: Fordlandia Malaise (2019), as memórias e o presente da cidade fundada por Henry Ford na Amazónia em 1928; Natureza Morta (2005) que procura redescobrir e interrogar as imagens feitas durante a ditadura portuguesa de modo a permitir novas interpretações e 48 (2009), um documentário sobre os 48 anos de ditadura em Portugal (1926-1974), a partir de uma série de fotografias de prisioneiros políticos.
O Laboratório Imagem em Movimento e o Ciclo de Cinema têm co-produção do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas.
