DOBRA inflexões de um plano sobre um corpo
Mariana Ramos
A dobra, tal como afirma Deleuze, é uma forma da acção, é ela que cria e inventa o seu pensamento próprio, mas esta não é um processo voluntário e autónomo, tal como as dobras geradas pelas forças da física nas águas do mar, as ondas são dobras que surgem num processo colectivo, com uma linha de acção e em coerência com os processos inerentes à natureza. (texto de sala de Maribel Sobreira).
Dobra – inflexões de um plano sobre um corpo é uma vídeo-instalação composta por 4 projeções e uma peça sonora. Parte da relação clássica objecto-corpo, nas interligações entre a escultura e performance, onde o toque e o sentir são as palavras chave para des/construir o diálogo entre as duas áreas artísticas, o encontro entre o objecto escultura, frio, duro, quebrável e o corpo humano quente, suave, flexível. As formas em gesso de Mariana Ramos, criadas para serem tocadas, vestidas, penduradas, transportadas ou confundidas com um corpo que não é corpo é escultura, provocam o movimento a Sílvia Real, Valentina Parravicini, Pedro Ramos e Sandra Rosado, criando quatro narrativas que se confrontam através da imagem projectada, unificadas pela sonorização de Sérgio Pelágio.
Bio
Mariana Ramos é artista visual e arte educadora. Formada em Escultura pela FBAUL e Artes visuais pela Maumaus. Expõe regularmente desde 1999. Colabora com a Real Pelágio desde 2013 e com a Ordem do Ó desde 2014. Em 2020/21 recebeu o Apoio da DGArtes com “Extremophilarum”, uma colaboração com Catarina Nunes, e apresentações em vários pontos de Portugal. Recebeu em 2023, Apoio DGArtes com o “Dobra – inflexões de um plano sobre um corpo”.
Ficha Técnica
Direção artística e esculturas Mariana Ramos
Bailarinos Silvia Real, Sandra Rosado, Valentina Parravicini, Pedro Ramos
Música Sérgio Pelágio
Câmara e Edição Sofia Afonso e Mariana Ramos
Produção Real Pelágio e Mariana Ramos
Texto de sala Maribel Sobreira
Apoios DGArtes, CML, Real Pelágio, Ordem do Ó, Artadentro, Balaclava, Oficinas do Convento
Agradecimentos Tiago Frois, Vasco Vidigal, João Chaves, Maria das Mercês Ramos, Rodolfo Freitas, David Ramos Simões, Mariana Riera Ramos, Célia Domingues
DOBRA inflexões de um plano sobre um corpo
Mariana Ramos
The fold, a concept created by Gilles Deleuze, is a form of action that creates and invents its own thought. This process is not voluntary and autonomous; rather, it is similar to the folds generated by the forces of physics in the waters of the sea. Waves are folds that arise in a collective process, following a line of action that is coherent with the processes inherent to nature. (Maribel Sobreira). DOBRA – Inflexões de um plano sobre um corpo, is a video installation composed of four projections and a sound piece. It explores the classical object-body relationship and the interconnections between sculpture and performance, where touch and feeling are the key elements in deconstructing the dialogue between the two artistic fields. This meeting between the cold, hard, breakable sculpture and the smooth, flexible, warm human body is central to the piece. Mariana Ramos’ plaster forms, designed to be touched, dressed, hung, transported, or confused with a body—though they are sculptures, not bodies—propel the movements of Sílvia Real, Valentina Parravicini, Pedro Ramos, and Sandra Rosado. The intention is to produce four narratives that confront each other through the projected images, unified by Sérgio Pelagio’s sound design.
BIO
Mariana Ramos is a visual artist and art educator. She graduated in Sculpture from FBAUL and attended the Visual Arts course at Maumaus. She has been exhibiting regularly since 1999. Her collaboration with Sérgio Pelágio began in 2013, and with the collective Ordem do O in 2014. For the biennium 2020/21, Mariana Ramos received funding from DGARTES for “Extremophilarum,” a collaboration with Catarina Nunes, and for a tour in Portugal. In 2023, she received another grant for DOBRA – Inflexões de um plano sobre um corpo.