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Warning Palace, de Irit Batsry, é um conjunto de instalações site-specific feitas com fitas de segurança amarelas e vermelhas e com as palavras “Caution” e “Danger” impressas. Este conjunto de obras inclui uma instalação no jardim e várias telas de projeção, montadas nalgumas das janelas da fachada do Carpe Diem Arte e Pesquisa, que se tornam assim parte da arquitetura. O sol atua como ‘projetor’ e ativa uma imagem subtil na superfície de cada tela, transformando-a num híbrido entre pintura, escultura e um “filme”. Um loop de vídeo de uma intervenção da artista no Carpe Diem Arte e Pesquisa completa esta obra que aborda as noções de tempo, de luz, de espaço interior e exterior, de limites e fronteiras.

Fronteiras e transgressão encontram-se também no centro de The Yellow Line (in the white gallery), uma instalação de grande dimensão na qual os espectadores são rodeados por projeções vídeo de pessoas a observarem atrás de fitas de segurança. A instalação justapõe a arquitetura sumptuosa do palácio com a urgência da vida nas ruas do Sertão do Nordeste Brasileiro, onde as pessoas (que parecem olhar os espectadores) foram filmadas observando o local de rodagem do filme O Céu de Suely, de Karim Ainouz. A obra subverte ideias de exclusão e inclusão, centro e periferia. As margens tornam-se o centro de atenção.

Impedidos de entrar no local de rodagem, os espectadores tornam-se o assunto da obra, bem como os seus atores. A linha amarela, uma separação entre o quotidiano e o artifício cinematográfico, transforma-se em protagonista.

Ambas as instalações foram desenvolvidas durante a residência de Irit Batsry no Carpe Diem Arte e Pesquisa, bem como uma terceira (ainda em desenvolvimento) na qual a artista juntou pedaços de filme (celuloide) aos ramos das duas árvores Celtis Australis que se encontram no jardim, de forma a criar uma projeção exterior ativada pelo sol e pelo vento, que esbate as fronteiras entre uma obra temporal e uma outra espacial.