“NÃO SE VÊ QUE SOU EU MAS É UM RETRATO”

Rita Natálio

English

 

Todo o século vinte e um é um trinta e um. Não se vê que sou eu mas é um retrato é uma ficção teatral e plástica a partir de encontros com portugueses entre os 9 e os 90 anos sobre as suas vidas e a suas noções de comunidade.


A base fornecida por este conjunto de entrevistas é alterada, expandida e conectada por um trabalho de escrita de ficção e de encenação que contém simultaneamente o imaginário singular de cada participante e a sua diluição numa visão de conjunto. De perto, cada indivíduo está sempre entre dois ou vários, pertencendo a todos e a nenhum, sem, no entanto, pertencer-se. De longe, há a escrita que veste e despe personagens que nos vão falando das sedes deste século. Perguntamo-nos o que aconteceria se mais de trinta pessoas que não se conhecem à partida, ficassem presas numa sala e tivessem apenas uma hora para gerir as suas diferenças e encontrar forma dali saírem?
Não se vê que sou eu mas é um retrato é feito deste cruzamento caleidoscópico de testemunhos reais, utopias de vida em conjunto, desejos, ideias de comunidade, sedes e regras de mecânica inventada.

 

 

Ficha técnica

 

Direção artística Rita Natálio

Artista convidada para a criação da instalação cénica Luciana Fina

Performers Cláudio da Silva, Carla Bolito, Nuno Lucas

Texto original Rita Natálio

Desenvolvimento Carla Bolito, Cláudio da Silva e Nuno Lucas

Desenho de luz Carlos Ramos

Desenho de som Rui Dâmaso

Acompanhamento crítico Vera Mantero, Luísa Veloso

Fotografia Inês Abreu e Silva

Produção O Rumo do Fumo

Coprodução O Rumo do Fumo, Festival Escritas na Paisagem, Município do Fundão, Culturgest e DuplaCena/Festival Temps d’Images

Residência artística Alkantara

Agradecimentos Andrea Sozzi, João Ribeiro, Magda Bull e a todos os participantes neste projeto

“NÃO SE VÊ QUE SOU EU MAS É UM RETRATO”

Rita Natálio

 

The whole twenty-first century is a mess. Não se vê que sou eu mas é um retrato is a theatrical and plastic fiction from meetings with Portuguese citizens between 9 and 90 years old, about their lives and their notions of community.


The basis provided by this set of interviews is transformed, expanded, and connected by a fiction writing and a staging work that simultaneously contains the unique imagery of each participant and their dilution in an overall view. Up close, each individual is always between two or more, belonging to all and none, however, without belonging to himself. From afar, there is the writing which dresses and unveils characters that tell us about the desires of this century. We wonder what would happen if more than thirty people, who did not know each other, got stuck in a room and had only an hour to manage their differences and find a way out?
Não se vê que sou eu mas é um retrato is made of this kaleidoscopic cross of real testimonies, utopias of life in community, desires and rules of invented mechanics.

 

 

Credits

 

Artistic direction Rita Natálio

Guest artist for the scenic space Luciana Fina

Performers Cláudio da Silva, Carla Bolito, Nuno Lucas

Original text Rita Natálio

Development Carla Bolito, Cláudio da Silva and Nuno Lucas

Lighting design Carlos Ramos

Sound design Rui Dâmaso

Consultancy Vera Mantero, Luísa Veloso

Photography Inês Abreu e Silva

Production O Rumo do Fumo

Co-production O Rumo do Fumo, Festival Escritas na Paisagem, Município do Fundão, Culturgest and DuplaCena/Festival Temps d’Images

Artistic residency Alkantara

Acknowledgements Andrea Sozzi, João Ribeiro, Magda Bull and to all the participants in this project