“MAPPA MUNDI”
Joana de Verona e Eduardo Breda
A palavra é uma ferramenta que encerra em si mesma o poder de nos ajudar a derrubar e, ao mesmo tempo, transporta em si a maior das fraquezas: querer traduzir em linguagem o que não é possível traduzir.
Em MAPPA MUNDI, confrontamos as nossas memórias individuais e coletivas num mundo cada vez mais globalizado e dividido. Questionando a utilização da palavra enquanto ferramenta de comunicação (tanto no plano da oralidade como na escrita), expõe-se os seus limites/fronteiras num mundo em expansão. Sobre o pressuposto da sobreposição de imagens e discursos e tendo em conta o domínio das várias valências artísticas dos performers (teatro/movimento/ cinema), MAPPA MUNDI explora diversas ideias formais e conceptuais na base da criação artística, deixando-se influenciar pelos contextos atuais que nos inquietam, refletindo e agindo sobre eles.
Somos contemporâneos de um tempo, nosso, que se compõe de tempos passados e tempos futuros. Em um mundo lotado, repleto de avanços tecnológicos, preconceitos e rótulos, vislumbramos um mapa que não temos. Este lugar multidisciplinar, que pretende ser estimulante, levanta questões sobre identidade, territórios e suas fronteiras. No corpo, instrumento da linguagem, os olhos de quem não se sente no seu país de origem abrem e fecham.
Joana de Verona e Eduardo Breda
Joana de Verona
Atriz Luso-Brasileira, iniciou-se em teatro em 1998 e em cinema em 2004. Joana de Verona tem vindo a desenvolver nos últimos anos um sólido percurso tanto na formação como na prática profissional em teatro, cinema e televisão. Estudou teatro no Chapitô, fez o curso de criação performática sob orientação de Joana Craveiro, “Zonas” entre outros cursos com outros criadores na área de teatro e movimento, como o caso de Norman Taylor, seguidor de Jacques Lecoq, João Brites, Luca Aprea.
Licenciada em Teatro, pela Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), trabalhou com o encenador francês Bernard Sobel e com encenadores portugueses como, Gonçalo Amorim, Vânia Rovisco, Carlos Avillez, Marco Martins, Luís Miguel Cintra, Mónica Garnel, Mónica Calle com quem tem vindo a cooperar nos últimos dez anos nos espectáculos da casa conveniente.
Em cinema tem integrado elencos de vários idiomas e trabalhado entre Alemanha, Itália e mais frequentemente entre Portugal, França e Brasil. Com realizadores como João Botelho, Marco Martins, Solveig Nordlund, Catarina Ruivo, Raul Ruiz, Valeria Sarmento, Denis Côté, Carlos Conceição, Miguel Clara Vasconcelos, André Marques, João Salaviza, Gabriel Abrantes, Jorge Cramez, Pierre Edouard Dumora, Maxence Vassilyevitch, Miguel Gomes, Fanny Ardant, António Ferreira entre outros.
No Brasil com realizadoras como Lucia Murat, Larissa Figueiredo, Renata Belo Pinheiro, Sérgio Oliveira. Estevão Ciavatta.
Entre outras nomeações e prémios em Festivais Nacionais e Internacionais o mais recente é o prémio de melhor atriz, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores, pelo filme “As Mil e uma Noites” de Miguel Gomes.
Estudou realização de cinema, na escola Ateliers Varan, em Paris, onde realizou o seu primeiro filme, o documentário “Chantal” que entre outros festivais, esteve presente no festival Panorama e no IndieLisboa.
Como criadora encenou “Sexos” de Doroty Parker no teatro municipal São Luíz no contexto Ciclo novos actores em 2008. (Teatro). Fundou a companhia de teatro “Fiasco” em 2009 onde co-criou dois espectáculos, “Silêncio pós secador” e “Puta de Vida” no âmbito das curtas de teatro nos primeiros sintomas. O solo “C ́est ma première fois” em 2011 na casa conveniente. (Performance). O Documentário “Chantal” em 2013 produzido pelos Atelier Varan em Paris. O Video Art “Cara” a partir da música de Gareth Dickson em 2014. Co-criou o monólogo “7 Pecados”a partir dos sete pecados mortais, de Bertold Brecht. Casa Conveniente, espaço das gaivotas em 2014. Produziu o filme “Yulya” (curta metragem) 2015.
Eduardo Breda
Em 2008 concluiu a formação de três anos no curso de interpretação da Academia Contemporânea do Espectáculo (Porto); em 2012, terminou a Licenciatura na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, no curso de Teatro, ramo Actores. Como actor já participou nos seguintes projectos de cinema e televisão: 2018 Idaten: Tokyo Olympic Hanashi produção internacional ( NHK ); 2017 Nos Classificados curta metragem realizada por António Raposo; 2016 Ministério do Tempo (Iniziomedia); 2016 Câmara Nova curta metragem realizada por André Marques; 2016 Santa Barbara (Plural); 2015 Poderosas (SP); 2015 Logística curta metragem realizada por Miguel Tavares (IndieLisboa 2015 | Novíssimos); 2014 Sol de Inverno(SP). Em teatro, já participou nos seguintes espectáculo: A Morte de um Caixeiro Viajante (enc. Gonçalo Amorim, 2010); Longa Jornada para a Noite (enc. Nuno Cardoso, 2010); Felizmente Há Luar (enc. Cláudio da Silva, 2011); Santa Joana dos Matadouros (enc. Bernard Sobel, 2011); Pleasure Gardens (enc. André Guedes, 2011); Lugar Comum (criação colectiva,
2012); À Vossa Vontade (enc. Alvaro Correia, 2013); Um Inimigo do Povo (enc. Alvaro Correia, 2013); Cyrano de Bergerac (enc. Bruno Bravo, 2014); Edit (enc. Francisco Campos, 2015); Lifless (criação de Eduardo Breda, 2016); Inquietude (enc. Francis Seleck, 2016); Tatuagem (enc. Manuel Tur, 2017); NADA (criação de Eduardo Breda, 2017); A Vila ( criação de Eduardo Breda e Maria Leite, 2017); Maioria Absoluta (encenação Gonçalo Amorim 2018); O Novo Mundo (Os Possessos, Culturgest 2018); Pela Água (A Turma, 2019.
Em 2014 recebe uma bolsa do Centro Nacional de Cultura para realizar e produzir o seu primeiro documentário, intitulado O Retrato. Seguiu-se depois, Boa Alma (2015) e Palácio de Cristal (2016). Realizou a web-série Os Muralistas (produzido pela After Wall & Dyrup). Também já foi responsável pela criação de vídeo para os seguintes espectáculos: A Modéstia (2015 Artistas Unidos/Colectivo Causa); A Batalha de Não Sei o Quê (2015 – Teatro do Elétrico); Tentativas para Matar o Amor (2017- Mascarenhas Martins /Teatro Aberto); Um dia Uma vida (2018 Teatro Aberto).
Ficha técnica
criação Joana de Verona e Eduardo Breda
apoio à criação Vânia Rovisco
desenho de luz e som João Pedro Fonseca
fotografias e registo de vídeo Joana Linda
produção Nuno Eusébio
apoios Fundação GDA, SelfMistake
co-produção FITEI – Festival Internacional de Teatro e Expressão Ibérica e Festival Temps d’Images
apoio à residência artística Escola do Largo
agradecimentos Fabricril
“MAPPA MUNDI”
Joana de Verona e Eduardo Breda
The word is one that contains the power to help us overthrow and, at the same time, carries within itself the greatest weakness: wanting to translate into language what is not possible to translate. At MAPPA MUNDI, we confront our individual and collective memories in an increasingly globalized and divided world. Questioning the use of the word as a communication tool (both in terms of orality and in writing), its limits / boundaries are exposed in an expanding world. Based on the assumption of overlapping images and speeches and taking into account the
mastery of the various artistic values of the performers (theater / movement / cinema), MAPPA MUNDI explores several formal and conceptual ideas at the base of artistic creation, allowing itself to be initiated by the current contexts that disturb us, reflecting and acting on them..
We are contemporaries of a time, ours, which is made of times that have gone and times to come. In an overcrowded world, full of technological advances, prejudices and labels, we glimpse a map that we don’t have. This multidisciplinary place, which is intended to be immersive, focuses on questions of identity, territories and their borders. In the body, a language tool, the eyes of those who do not feel to be in their native country open and close.
Joana de Verona and Eduardo Breda
Joana de Verona
Luso-Brazilian actress, she started in theater in 1998 and in cinema in 2004. Joana de Verona has developed in the last years a solid path both in training and in professional practice professional practice in theater, cinema and television. She studied theater at Chapitô, took a course in creative under the guidance of Joana Craveiro, “Zonas” among other courses with other creators in the in the area of theater and movement, such as Norman Taylor, a follower of Jacques Lecoq, João Brites, Luca Aprea. She has a degree in Theatre from the Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), and has worked with the French director Bernard Sobel and Portuguese directors such as Gonçalo Amorim, Vânia Rovisco, Carlos Avillez, Marco Martins, Luís Miguel Cintra, Mónica Garnel, Mónica Calle with whom she has been cooperating in the last ten years in the shows of the convenient house.
In cinema she has integrated casts of several languages and worked between Germany, Italy and more Italy and more frequently between Portugal, France and Brazil. With directors such as João Botelho, Marco Martins Martins, Solveig Nordlund , Catarina Ruivo, Raul Ruiz, Valeria Sarmento, Denis Côté, Carlos Conceição, Miguel Clara Vasconcelos, André Marques, João Salaviza, Gabriel Abrantes, Jorge Cramez, Pierre Edouard Dumora, Maxence Vassilyevitch, Miguel Gomes, Fanny Ardant, António Ferreira, among others.
In Brazil with directors such as Lucia Murat, Larissa Figueiredo, Renata Belo Pinheiro, Sérgio Oliveira. Estevão Ciavatta. Among other nominations and awards in national and international festivals the most recent is the prize for best actress, awarded by the Portuguese Society of Authors, for the film “The Thousand and One Thousand and One Nights” by Miguel Gomes.
She studied film directing at the Ateliers Varan school in Paris where she made her first film, the documentary “Chantal”, that among other festivals, was present in Panorama and IndieLisboa. Panorama festival and IndieLisboa. As a creator she staged “Sexos” by Doroty Parker at the municipal theater São Luíz Ciclo novos actores in 2008. (Theatre). She founded the theater company “Fiasco” in 2009 where he co-created two shows, “Silêncio pós secador” and “Puta de Vida” in the context of short theater in the early symptoms. The solo “C ́est ma première fois” in 2011 at the convenient house. (Performance). The Documentary “Chantal” in 2013 produced by Atelier Varan in Paris. O Video Art “Cara” from the music of Gareth Dickson in 2014. Co-created the monologue “7 Pecados “from the seven deadly ins, by Bertold Brecht. Convenient House, space of the seagulls in 2014. Produced the film “Yulya” (short film) 2015.
Eduardo Breda
In 2008 he completed a three-year training course in interpretation at the Academia Contemporânea do Espectáculo (Porto); in 2012, he finished his degree at the Escola Superior de Teatro e Cinema, in Lisbon, in the course of Theatre, Actors branch. As an actor he has participated in the following film and television projects: 2018 Idaten: Tokyo Olympic Hanashi international production ( NHK ); 2017 Nos Classificados short film directed by António Raposo; 2016 Ministério do Tempo (Iniziomedia); 2016 Câmara Nova short film directed by André Marques; 2016 Santa Barbara(Plural); 2015 Poderosas (SP); 2015 Logística short film directed by Miguel Tavares (IndieLisboa 2015 | Novíssimos); 2014 Sol de Inverno(SP). In theater, has participated in the following shows: A Morte de um Caixeiro Viajante (enc. Gonçalo Amorim, 2010); Longa
Jornada para a Noite (enc. Nuno Cardoso, 2010); Felizmente Há Luar (enc. Cláudio da Silva, 2011); Santa Joana dos Matadouros (enc. Bernard Sobel, 2011); Pleasure Gardens (enc. André Guedes, 2011); Lugar Comum (collective creation, 2012); À Vossa Vossa Vontade (enc. Alvaro Correia, 2013); Um Inimigo do Povo (enc. Alvaro Correia, 2013); Cyrano de Bergerac (enc. Bruno Bravo, 2014); Edit (enc. Francisco Campos, 2015); Lifless (created by Eduardo Breda, 2016); Inquietude (enc. Francis Seleck, 2016); Tatuagem (enc. Manuel Tur, 2017); NADA (creation by Eduardo Breda, 2017); A Vila (creation by Eduardo Breda and Maria Leite, 2017); Maioria Absoluta (staging Gonçalo Amorim 2018); O Novo Mundo (Os Possessos, Culturgest 2018); Pela Água (Through the Water (A Turma, 2019. In 2014 he receives a grant from the Centro Nacional de Cultura to direct and produce his first documentary film, entitled The Portrait. This was followed by Boa Alma (2015) and Palácio de Crystal (2016). He directed the web-series Os Muralistas (produced by After Wall & Dyrup). He has also been responsible for the video creation for the following shows: A Modéstia (2015 Artistas Unidos/Colectivo Causa); A Batalha de Não Sei o Quê (2015 – Teatro do Elétrico); Tentativas para Matar o Amor (2017- Mascarenhas Martins /Teatro Aberto); Um dia Uma vida (2018 Open Theatre).
Credits
creation Joana de Verona e Eduardo Breda
support for creation Vânia Rovisco
light and sound design João Pedro Fonseca
photographs and video recording Joana Linda
production Nuno Eusébio
support Fundação GDA, SelfMistake
co-production FITEI – Festival Internacional de Teatro e Expressão Ibérica, Festival Temps d’Images support for the artistic residence Escola do Largo acknowledgements Fabricril