CABEÇA-CORAÇÃO

Bruno Alexandre

ENGLISH

Esta nova criação parte da cabeça e do coração, colocando-os na condição de observadores e participantes de uma obra de arte.

Este olhar, em que nos imaginamos obra e artista, carrega em si a possibilidade de fazer nascer uma ténue chama dentro de nós, um fogo que Empédocles acreditava que Afrodite tinha colocado no olhar.

Partindo da síndrome de Stendhal, em que se pode ter vertigens, taquicardia e alucinações perante a presença de muitas obras de arte, o trabalho alimenta-se destes impactos no corpo, tomando a cabeça e o coração como espaços físicos e simbólicos da criação artística. As obras de arte que aqui citamos são as obras dxs artistas plásticos com xs quais iremos colaborar, tomando como referente as suas ligações ao(s) corpo(s), seja este um encontro vivo dentro da sua obra ou uma presença metafórica.

Estas obras coabitam connosco, são a nossa vida, as nossas histórias e as nossas tentações. Ao mesmo tempo que inventamos a sua história, inventamos a nossa, revelando os possíveis segredos de uma obra de arte.

Bio

Bruno Alexandre (n. 1977, Lisboa). Como coreógrafo, criou “Cinemateca”, “Cavalos Selvagens”, “A Caminhada” e “Danças Precárias” projecto vencedor da bolsa de criação para artistas emergentes apoiada pela Fundação La Caixa/Espaço do Tempo e da bolsa para primeiras obras apoiada pela Casa da Dança. Criou também para Televisão (RTP Palco) a curta-metragem “Vulcão”, estreada em 2022.
É Director e coordenador do Festival “Interferências” da Companhia Olga Roriz, desde 2019.

Ficha Técnica

direcção artística
Bruno Alexandre

criação e interpretação
Bruno Alexandre, David Marques e Francisco Rolo

música e desenho de som
João Bento

desenho de luz
Tiago Gandra

apoio à pesquisa e olhar exterior
Sara&André

em diálogo com as obras de
Adriana Molder, António Olaio, Bárbara Fonte, Gonçalo Pena,Isabel Carvalho, Lea Managil, Renato Ferrão,Sara Morgado Santos

estreia
Festival Temps D´Images

produção
Escarpa Fictícia Associação Cultural

apoios
Câmara Municipal de Lisboa, DGArtes e Fundação GDA

residências
DeVIR CAPa, Cão Solteiro- Residências 120, Estúdios Victor Córdon e Companhia Olga Roriz

CABEÇA-CORAÇÃO

Bruno Alexandre

This new creation starts from the head and the heart, placing them as observers and participants in a work of art.
This gaze, in which we imagine ourselves as a work of art and as an artist, carries within it the possibility of giving rise to a faint flame within us, a fire that Empedocles believed Aphrodite had placed in our gaze.
Based on Stendhal’s syndrome, in which one can experience vertigo, tachycardia and hallucinations in the presence of many works of art, the work feeds on these impacts on the body, taking the head and the heart as physical and symbolic spaces for artistic creation. The works of art cited here are the works of the artists with whom we will be collaborating, taking as a reference their links to the body(ies), whether this is a living encounter within their work or a metaphorical presence.
These works cohabit with us, they are our lives, our stories and our temptations. At the same time as we invent their history, we invent our own, revealing the possible secrets of a work of art.

Bruno Alexandre

Bruno Alexandre (b. 1977, Lisbon). As a choreographer, he created “Cinemateca”, “Cavalos Selvagens”, “A Caminhada” and “Danças Precárias”, a project that won the creation grant for emerging artists supported by the La Caixa Foundation/Espaço do Tempo and the grant for first works supported by Casa da Dança. He also created the short film “Vulcão” for television (RTP Palco), which premiered in 2022.
He has been the director and coordinator of Companhia Olga Roriz’s “Interferências” Festival since 2019.

Credits

artistic direction Bruno Alexandre

creation and interpretation Bruno Alexandre, David Marques and Francisco Rolo

music and sound design João Bento

light design Tiago Gandra

support for research and external consultant Sara&André

in dialog with the works of Adriana Molder, António Olaio, Bárbara Fonte, Gonçalo Pena, Isabel Carvalho, Lea Managil, Renato Ferrão, Sara Morgado Santos

premiere Temps D’Images Festival

production Escarpa Fictícia Associação Cultural

support Lisbon City Council, DGArtes and Fundação GDA

residencies DeVIR CAPa, Cão Solteiro-Residências 120, Estúdios Victor Córdon and Companhia Olga Roriz