OS MEUS TOTENS / O que pisamos
Elizabete Francisca / Apneia Colectiva
OS MEUS TOTENS tem como base de investigação mitologias, princípios e práticas pagãs e neopagãs, de forma a conceber uma cosmogonia pessoal que recupera os seus elementos e os ressignifica, de acordo com regimes de afectação subjectivos. Através de um processo de deslocamento, sobreposição e intersecção de diferentes matérias dá-se a criação de uma série de fotografias e uma performance instalativa, que evoca ancestralidade, magia e vivências espirituais, numa espécie de tentativa de lançar um feitiço de retorno a mim mesma: olhando para dentro, aliando-me a elementos da natureza e retomando contacto com pessoas e modos de existência que não esqueceram nem deixaram de sentir. Talvez, um re-sensibilizar o corpo a sentir a fumaça que ainda queima das bruxas, a abeirar-se do mistério, da chama, da margem. De uma série de 30 fotografias, captadas pelo olhar de Larissa Lewandoski, serão apresentadas neste contexto uma selecção de 15 imagens. O espaço expositivo e sonoro será acompanhado pela performance s/título maria a acontecer no dia da abertura da exposição.
Bio
Elizabete Francisca move-se em contextos multidisciplinares e colaborativos na área da dança, artes visuais e cinema. Reivindica cada corpo como lugar autónomo, singular e legítimo, procurando estar próxima de uma intimidade, e por isso emancipação, mesmo que sempre numa rede de paradoxos. Algo indestrinçável de uma preocupação (e urgência) em dar voz a um activismo pessoal, político e social.
Foi artista associada da Materiais Diversos e d’O Rumo do Fumo. Actualmente integra a Apneia Colectiva.
Apneia Colectiva
É uma associação cultural sediada em Lisboa e fundada em 2019. A Apneia Colectiva opera um modelo cooperativista de produção e gestão de práticas artísticas. Até à data, desenvolveu o projecto Cadeia de Transmissão (2020-21); #EncontroZINE (2022); F.E:R.A Feira de Edições Realizadas por Artistas (2023) e O Que Pisamos (2024). Estes projectos tiveram apoio da Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa, Fundação GDA e Garantir Cultura.
Apneia Colectiva: Ana Trincão, Andresa Soares, Elizabete Francisca, Joana Levi, Julia Salem e Tiago Gandra.
Ficha Técnica
pesquisa, criação e performance
Elizabete Francisca
colaboração na pesquisa e dramaturgia
Joana Martins e Zoy Anastassakis
fotografia
Larissa Lewandoski
revelação, digitalização e impressão
Ska Batista
composição sonora
Francisco Correia com a participação de Anna Piosik (trompete e voz) e de Elizabete Francisca e Kino Sousa (samples voz e efeitos da faixa “Loba”)
montagem
Elizabete Francisca e Luís Moreira
participação especial
Wicca Magda Ferreira/ activista PWUD
agradecimentos
Templo de Inanna e Astarté, TEIA PARA A CULTURA – Grupo Informal de Desenvolvimento Cultural, Centro Druídico da Lvsitânea (CDL), Éditions Ismael, Artur Pispalhas, Alexandre Castro, Sónia Sousa, Ana Trincão, Helena Serra, Cátia Mateus, Carlota Lagido, Vicente e Nuno Patinho
apoios
O Que Pisamos: Largo Residências, DuplaCena – Festival Temps d’Images, Linha de Fuga, ARS-ID, Musibéria, Penha Sco, Procur.arte, Bóia- Associação Cultural, Centro de Experimentação Artística da Moita, Estúdios Vítor Cordon, Polo Cultural das Gaivotas – CML, DeVIR CAPa, O Lugar do Meio, Interferências 2023, Alma d’Arame, Universidade Lusófona
Projecto O Que Pisamos financiado por: Fundação GDA, República Portuguesa | Direção-Geral das Artes
OS MEUS TOTENS / O que pisamos
Elizabete Francisca / Apneia Colectiva
MY TOTENS is based on research into pagan and neo-pagan mythologies, principles and practices, in order to conceive a personal cosmogony that recovers its elements and re- signifies them according to subjective regimes of affectation. Through a process of displacement, overlapping and intersection of different materials, a series of photographs and an installation performance are created, evoking ancestry, magic and spiritual experiences, in a sort of attempt to launch a spell of returning to myself: looking inwards, allying myself with elements of nature and getting back in touch with people and ways of existing that have neither forgotten nor stopped feeling. Perhaps a re-sensitizing of the body to feel the smoke that still burns from the witches, to approach the mystery, the flame, the margin. From a series of 30 photographs captured by Larissa Lewandoski’s gaze, a selection of 15 images will be presented in this context. The exhibition and sound space will be accompanied by the performance untitled maria, which will take place on the opening day of the exhibition.
Elizabete Francisca
Elizabete Francisca works in multidisciplinary and collaborative contexts in the fields of dance, visual arts and cinema. She claims each body as an autonomous, singular and legitimate place, seeking to be close to intimacy, and therefore emancipation, even if always in a network of paradoxes. Something indelibly linked to a concern (and urgency) to give voice to personal, political and social activism.
She was an associate artist of Materiais Diversos and O Rumo do Fumo. She is currently a member of Apneia Colectiva.
Apneia Colectiva
It is a cultural association based in Lisbon and founded in 2019. Apneia Colectiva operates a cooperative model of production and management of artistic practices. To date, it has developed the project Cadeia de Transmissão (2020-21); #EncontroZINE (2022); F.E:R.A Feira de Edições Realizadas por Artistas (2023) and O Que Pisamos (2024). These projects were supported by the Directorate-General for the Arts, Lisbon City Council, the GDA Foundation and Garantir Cultura.
Apneia Colectiva: Ana Trincão, Andresa Soares, Elizabete Francisca, Joana Levi, Julia Salem and Tiago Gandra.
Credits
research, creation and performance Elizabete Francisca
collaboration in research and dramaturgy Joana Martins and Zoy Anastassakis
photography Larissa Lewandoski
developing, scanning and printing Ska Batista
sound composition Francisco Correia with the participation of Anna Piosik (trumpet and voice) and Elizabete Francisca and Kino Sousa (samples voice and effects of the track “Loba”)
assembly Elizabete Francisca and Luís Moreira
special participation Wicca Magda Ferreira/ PWUD activist
acknowledgements Templo de Inanna e Astarté, TEIA PARA A CULTURA – Grupo Informal de Desenvolvimento Cultural, Centro Druídico da Lvsitânea (CDL), Éditions Ismael, Artur Pispalhas, Alexandre Castro, Sónia Sousa, Ana Trincão, Helena Serra, Cátia Mateus, Carlota Lagido, Vicente and Nuno Patinho
support What we walked on: Largo Residências, DuplaCena – Festival Temps d’Images, Linha de Fuga, ARS-ID, Musibéria, Penha Sco, Procur.arte, Bóia- Associação Cultural, Centro de Experimentação Artística da Moita, Estúdios Vítor Cordon, Polo Cultural das Gaivotas – CML, DeVIR CAPa, O Lugar do Meio, Interferências 2023, Alma d’Arame, Universidade Lusófona
O que pisamos project funded by: Fundação GDA, República Portuguesa / Direção-Geral das Artes