“THE WILD FLOWERS”
Rui Neto
“Hamlet joga Playstation, fechado no quarto desde a morte do pai.” – assim começa esta tragédia.
THE WILD FLOWERS é um projecto pop-experimental em torno da peça Hamlet, de William Shakespeare, onde se propõe uma desconstrução do clássico, perseguindo um cruzamento do teatro com o vídeo, e uma pesquisa do espaço-personagem Hamlet. Ainda que ancorada no texto original, é uma reescrita original do clássico, assente na exploração do corpo enquanto vocábulo da acção, transpondo os limites da linguagem falada e da identidade de género.
HAMLET, cujo a inversão nos oferece o nome TELMAH, é também um reflexo das hipóteses que ele próprio encerra, permitindo o questionamento do “espaço-personagem” pelos intérpretes, e a derivação de universos. Hamlet, o esboço vitruviano da humanidade, a mitologia do corpo clássico, que nos recebe como espaço para ensaio. Nele apetece inverter narrativas e explorar os nossos próprios reflexos, servindo um corpo de memórias e ambições que estão para além da história e do seu autor.
Bio
Rui Neto é licenciado em Teatro/Formação de Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Mestre em Comunicação e Artes – pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Em 2010, integrou a XIX edição da Nova École des Maîtres. Estreou-se como actor, em 1999, com o espectáculo O Achamento, uma encenação de Madalena Wallenstein. Trabalhou com encenadores como João Garcia Miguel, Joaquim Benite, Carlos J. Pessoa, Carlos Gomes, Celso Cleto, Matthew Lenton, Álvaro Correia, Maria João Luís, João Mota e João Lourenço. No cinema participou em Mistérios de Lisboa, de Raul Ruiz e na curta-metragem de Inês Oliveira O Nome e o N.I.M.. Em televisão, tem integrado regularmente os elencos de novelas e séries para os diversos canais nacionais. Tem desenvolvido, paralelamente ao trabalho de actor, projectos na área da escrita e criação teatral, com os espectáculos Luto, Worms (financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian 2013), Mechanical Monsters (financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian 2015) e Catch My Soul, para o Teatro de Carnide. Encenou Huis Clos, de Jean-Paul Sartre para o Teatro de Carnide, e A Cabeça Muda, de Cláudia Lucas Chéu (financiado pela GDA e pela Direcção Regional de Cultura do Algarve, numa produção da LAMA). Em 2015 assina a encenação de Breviário para um Extermínio Silencioso, a partir da peça Contractions de Mike Bartlett, para a Companhia Escola de Mulheres. Em 2016 funda a LoboMau Produções com o espectáculo Trocava a minha fama por uma caneca de cerveja, uma criação conjunta com Teresa Sobral para o Festival Glorioso Verão do Teatro São Luiz, seguindo-se a encenação de Huis Clos-No Exit, de Jean-Paul Sartre. Integra o Festival Encontros do DeVIR 2017, com o espectáculo Neptuno, uma encomenda do CAPA/DeVIR. Em 2017 cria o espectáculo Välute, e circula em 2018 com o apoio simplificado da DGArtes. Em 2019, cria O Crocodilo ou o Extraórdinario Acontecimento Irrelevante para o Teatro São Luiz e 3GODS para o Trindade. Seguem-se projectos no âmbito audiovisual, com destaque para Bernardo’s World Domination, uma encomenda da RTP para o centenário do nascimento de Bernardo Santareno; Titus, longa metragem com realização conjunta com Jorge Albuquerque.. Em 2022 encena para o Teatro Aberto.
Ficha Técnica
Um projecto de Rui Neto, a partir de Hamlet de William Shakespeare
Com: Francisco Monteiro Lopes, Helena Caldeira e Miguel Amorim
Participação Vídeo: Luís Gaspar, Daniel Viana, São José Correia, André Leitão, Nuno Pinheiro e Telmo Ramalho
Assistência: Maria Roque
Vídeo: Jorge Albuquerque
Desenho de Luz: João Rafael Silva
Sonoplastia: Cristóvão Campos
Apoio à Dramaturgia: Statt Miller
Apoio à Produção: Martyn Gama
Apoio: Museu Nacional Do Teatro E Da Dança, DuplaCena, Teatro Ibérico, Escola De Mulheres, Boutique Da Cultura, Centro Cultural da Malaposta, CAL/Primeiros Sintomas, Abruxa Teatro
Financiamento: Fundação Gda – Apoio À Criação, Festival Temps d’Images, Câmara Municipal de Lisboa
“THE WILD FLOWERS”
Rui Neto
“Locked in his room since the death of his father, Hamlet plays PlayStation…” This is the opening line of this tragedy. WILD FLOWERS is a pop-experimental project based on William Shakespeare’s play Hamlet, which proposes a deconstruction of the classic text, a fusion of theatre with video, and an exploration of the ‘space-character’ Hamlet. Although anchored in the original text, it is a rewriting of the classic, based on exploring the body as a vocabulary of action, transcending the limits of spoken language and gender identity.
Bio
Rui Neto graduated in Theatre – Acting from Lisbon Theatre and Film School (ESTC), and holds a master’s degree in communication sciences from the NOVA University of Lisbon – School of Social Sciences and Humanities (NOVA FCSH). He participated in the XIX edition of Nova École des Maîtres. Neto debuted as an actor in 1999, in O Achamento, a play directed by Madalena Wallenstein. He worked with several theatre directors, among them: João Garcia Miguel, Joaquim Benite, Carlos J. Pessoa, Carlos Gomes, Celso Cleto, Matthew Lenton, Álvaro Correia, Maria João Luís, João Mota and João Lourenço. He was an actor in the film Mistérios de Lisboa, by Raul Ruiz, and in the short O Nome e o N.I.M., by Inês Oliveira. He has acted in telenovelas and series for various national channels. In parallel to his work as an actor, he has been involved in theatre projects, such as: Luto, Worms and Mechanical Monsters (both funded by the Calouste Gulbenkian Foundation, in 2013 and 2015 respectively) and Catch My Soul, for Teatro de Carnide. Neto directed Huis Clos (No Exit), by Jean-Paul Sartre, for the Teatro de Carnide, and A Cabeça Muda, a play by Cláudia Lucas Chéu (a LAMA production funded by GDA and by the Algarve Regional Directorate for Culture). In 2015 he staged, for the theatre company Escola de Mulheres, Breviário para um Extermínio Silencioso, adapted from Mike Bartlett’s play Contractions. He founded LoboMau Produções in 2016, which produced the performance Trocava a minha fama por uma caneca de cerveja, a cocreation with Teresa Sobral for the Festival Glorioso Verão at Teatro Municipal São Luiz. This was followed by the staging of Huis Clos(No Exit), by Jean-Paul Sartre. He wrote and directed Neptuno, a commission from CAPA/DeVIR, for the Festival Encontros do DeVIR 2017. Still in 2017 he writes and directs Välute, a play that toured in 2018 with funding from DGArtes. In 2019 he directed O Crocodilo ou o Extraórdinario Acontecimento Irrelevante at the Teatro Municipal São Luiz and 3GODS at the Teatro Trindade. Neto also directed audiovisual projects, namely, Bernardo’s World Domination, a commission by RTP to commemorate the centenary of the birth of Bernardo Santareno. He codirected, with Jorge Albuquerque, the feature film Titus. He is presently working in projects at Teatro Aberto.
Credits
Concept and direction: Rui Neto
Assistant dramaturg: Statt Miller
Interpreters: Francisco Monteiro Lopes, Helena Caldeira and Miguel Amorim Interpreters in the video: Luís Gaspar, Ricardo Raposo, São José Correia, André Leitão, Nuno Pinheiro and Telmo Ramalho
Video director: Jorge Albuquerque
Lighting designer: João Rafael Silva
Sound designer: Cristóvão Campos
Production assistant: Martyn Gama A
ssistant: Maria Roque
Support: Museu Nacional do Teatro e da Dança, DuplaCena, Teatro Ibérico, Escola De Mulheres, Boutique Da Cultura, Centro Cultural da Malaposta, CAL/Primeiros Sintomas, a bruxa Teatro
Funding: Fundação Gda – Apoio À Criação, Festival Temps d’Images, Municipality of Lisbon