“FUSO 2018 – 27 Agosto a 2 Setembro“
29 Agosto, 23h15
Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT)
OPEN CALL II – Secção competitiva Portugal 2018
Curadoria de Jean-François Chougnet
Duração da sessão 56’
Miguel Santos (PT), Zé-Ninguém, 2018, 3’03’’
Zé-Ninguém é um cowboy precário que parte em busca de um emprego, no qual se sinta dignificado, no seu cavalo de esponja.
Performance e Realização Miguel Santos
Marta Leite (PT), Labor Drawing, 2016, 6’24’’, MiniDV, P&B, sem som
Em Labor Drawing, uma personagem entra em campo e executa um desenho a duas mãos no vidro de uma janela, virada para o espectador. Executa esta ação até o rosto ficar completamente coberto pelos traços do desenho feito no vidro. No fim, limpa o vidro, sai de campo, volta a entrar em campo repetindo a ação inicial que se desenrolará infinitas vezes, num loop. Aqui é abordado o absurdo do trabalho enquanto labor e a maneira como este se impõe a quem o produz.
Sofia Arriscado (PT), Fasma, 2017, 3’54’’
Fasma é um pequeno ensaio sobre a existência vital que reside e se transforma na ruína. Num cenário de abandono aparentemente estático vive e perpetua-se o movimento.
Realização e Montagem Sofia Arriscado
Banda sonora João Pais Filipe
Daniela Fortuna (PT), Habitado, 2017, 1’31’’
O lugar é vivo. É habitado pelo seu próprio movimento, pelos sons orgânicos que lhe são inerentes e pelo silêncio.
Francisca Manuel (PT), Avenida 211, 2018, 7’
Menção Honrosa
Entre 2006 e 2014, um edifício na Avenida da Liberdade em Lisboa foi espaço para cerca de cinquenta artistas nacionais e internacionais, na ideia de desenvolverem a sua prática artística. Ao longo destes anos, aconteceram uma série de eventos incluindo concertos, improvisações, performances, workshops, aulas e maioritariamente exposições coletivas e individuais. Após o surgimento do Novo Banco, o espaço Avenida foi vendido por milhões de euros, para dar lugar a um condomínio de luxo.
Aqui o próprio edifício é retratado como uma personagem, acolhendo alguns depoimentos fantasma de artistas que por ali passaram.
Realização, Imagem e Montagem Francisca Manuel
Som Tomás ven der Osten
Correção de cor Arena Filmes
A partir de depoimentos dos artistas André Guedes, Gonçalo Sena, Pedro Neves Marques
SLIITZ/Preto (PT), IntenCIDADES, 2018, 10’
Este projeto do duo AKapella47 (SLIITZ/Preto) teve como origem um spoken word de Chullage aka “Preto”. Esse texto ganhou asas quando lhe foi criada uma coreografia, a que aparece neste vídeo, como parte de um espetáculo do Vhils intitulado Periférico.
Defendemos que existe um fosso entre aquilo que o Homem moderno persegue conscientemente – a luta pela materialização de um lugar de conforto na sociedade; e o seu subconsciente desejo de harmonia e de encontrar resposta ao sentido da sua vida. A impossibilidade de conciliar esta dupla dimensão da sua existência dá origem a um estado de desorientação, insatisfação permanente e de distorção do ego.
Este desfasamento, fragmentação e desintegração da psique humana é o que está na origem da linguagem visual que utilizei para criar este vídeo.
Realização SLIITZ
Texto Preto
Coreografia Anaísa Lopes (Piny)
Assistente de coreografia Filipe Baracho
Bailarinos Douglas Silva (Douguie), Leonor Ramos (Leo), Alberto Perdomo (Mucha), Lúcia Afonso, Maria Antunes, Nelson Teunis
Montagem/VFX SLIITZ
Gravação/Mistura/SFX Preto
Telmo Ribeiro (PT), A dificuldade de atravessar um campo, 2018, 6’02’’
Por volta de 1888, Ambrose Bierce escreve um conto em que um homem desaparece misteriosamente ao atravessar um campo, anos mais tarde, em 1902 é fundada no Porto a Livraria Moreira da Costa.
Nos últimos anos a crise e agora também a expansão do turismo tem vindo a pressionar lojistas e moradores que são obrigados a fechar e/ou são despejados.
Em risco de perder o espaço, mas, apesar de tudo, a Moreira da Costa resiste.
Realização, Montagem, Texto e Voz Telmo Ribeiro
Voz Miguel Carneiro, Susana Fernandes
Nuno Braumann (PT), Bildvisningen – A Visual Essay about Obsolescence, 2017, 4’18’’
O centro de tudo: as imagens. Vemo-las e esquecemo-las, enquanto se degradam e se tornam poeirentas, ardentes, transformando-se em cinema. Ou acumulam-se, tornam-se muitas, demasiadas. Em todo o lado. Ou talvez as observemos de forma secreta, invejosa, armazenadas como uma memória antiga ou um novo esquecimento.
Atriz Frida Jinnesten Svantesson
Tutoria Isabel Aboim Inglez
Tânia Dinis (PT), Laura, 2017, 10’
Laura é um filme ensaio, um trabalho de pesquisa e recolha de arquivos fotográficos familiares. A exploração da ideia da imagem, numa experiência do tempo que passou, e do tempo que não passa, numa memória que se expande no espaço, criando assim, pequenos momentos narrativos.
De Tânia Dinis
Texto Regina Guimarães
Produção Tânia Dinis e Jorge Quintela
Nuno Martinho (PT), Sem Título#2 (ópera), 2016, 4’22’’
Um texto retirado de um jornal descreve um caso real. Paralelamente a isso imagens acompanhadas pela música de uma ópera sucedem-se. Os três planos (texto, som e imagem) coabitam no tempo à medida que formam entre eles relações de aproximação e distância.
Ar.Co, Teatro Nacional São Carlos, Diário de Notícias
Música Excerto da Ópera «Iphigenie en Tauride» de Gluck
Ruben Santos (PT), Alóctone, 2018, 1’57’’, imagens de arquivo, sem som
Território e transformação.
Pedro Antunes (PT), Teaser, 2018, 2’46’’
Expectativa e perceção de diferentes sentidos.
“FUSO 2018 – August 27 to September 2“
August 29, 11:15pm
Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT)
OPEN CALL II – Secção competitiva Portugal 2018
Curadoria de Jean-François Chougnet
Duração da sessão 56’
Miguel Santos (PT), Zé-Ninguém, 2018, 3’03’’
Zé-Ninguém is an unstable cowboy who goes in search of a job, at which he can feel dignified on his foam horse.
Performance and Directing Miguel Santos
Marta Leite (PT), Labor Drawing, 2016, 6’24’’, MiniDV, B&W, no sound
In the video Labor Drawing, a character draws with both hands onto the glass surface of a window pane, facing the spectator. She draws until the drawing lines cover her face completely. Towards the end she cleans the glass, goes out of the camera frame, comes back and starts drawing again. The action repeats itself in an endless loop. What is addressed here is the absurdity of labour and how this absurdity imposes itself on the ones who perform it.
Sofia Arriscado (PT), Fasma, 2017, 3’54’’
Fasma is a small essay on the vital existence transforming itself in the face of ruin. Against an apparently motionless setting of abandonment, the movement lives and perpetuates itself.
Directing and Editing Sofia Arriscado
Soundtrack João Pais Filipe
Daniela Fortuna (PT), Habitado, 2017, 1’31’’
The place is alive. It is inhabited by its own motion, by the organic sounds inherent to it, and by silence.
Francisca Manuel (PT), Avenida 211, 2018, 7’
Honourable Mention
Between 2006 and 2014, a building on Avenida da Liberdade in Lisbon was home to approximately fifty national and international artists, with a view to developing their artistic practices. During those years, a series of events took place, including concerts, improvisations, performances, workshops, classes and primarily collective and individual exhibitions. With the arrival of the Novo Banco bank, the Avenida space was sold for millions of euros, for the purpose of building a luxury condominium.
Here the building itself is portrayed as a character, hosting some ghostly testimonials from artists that passed through there.
Directing, Image and Editing Francisca Manuel
Sound Tomás ven der Osten
Colour grading Arena Filmes
Based on the testimonials of the artists André Guedes, Gonçalo Sena and Pedro Neves Marques
SLIITZ/Preto (PT), IntenCIDADES, 2018, 10’
This project by the duo AKapella47 (SLIITZ/Preto) originated as a spoken word performance by Chullage aka “Preto”. That text grew wings when a choreography was made for it, the one shown in this video, as part of a Vhils show titled Periférico.
We uphold the idea that there is a gap between that which modern man chases consciously – the fight for attaining a comfortable place in society – and the subconscious desire for harmony and for finding an answer to the meaning of life. The impossibility of reconciling this double dimension of existence creates a state of disorientation, permanent dissatisfaction and ego distortion.
This disconnection, fragmentation and disintegration of the human psyche is the basis for the visual language that I used to create this video.
Directing SLIITZ
Text Preto
Choreography Anaísa Lopes (Piny)
Choreographic assistant Filipe Baracho
Dancers Douglas Silva (Douguie), Leonor Ramos (Leo), Alberto Perdomo (Mucha), Lúcia Afonso, Maria Antunes, Nelson Teunis
Editing/VFX SLIITZ
Recording/Mixing/SFX Preto
Telmo Ribeiro (PT), A dificuldade de atravessar um campo, 2018, 6’02’’
Around 1888, Ambrose Bierce writes a story in which a man mysteriously disappears while crossing a field, years later, in 1902, the Moreira da Costa bookstore is founded in Porto.
In recent years, the financial crisis and now also the increase in tourism, has been putting pressure on storeowners and residents who are forced to close and/or are being evicted.
Despite everything, and at risk of losing their space, Moreira da Costa resists.
Directing, Editing, Text and Voice Voz Telmo Ribeiro
Voice Miguel Carneiro, Susana Fernandes
Nuno Braumann (PT), Bildvisningen – A Visual Essay about Obsolescence, 2017, 4’18’’
The heart of it all: images. We see and forget them, while they decay becoming dusty, burning and becoming cinema. Or, they accumulate, they become many, too many. Everywhere. Or maybe we watch them secretly, jealously stored like an ancient memory or a new oblivion.
Actress Frida Jinnesten Svantesson
Tutor Isabel Aboim Inglez
Tânia Dinis (PT), Laura, 2017, 10’
Laura is an essay film whose inception began from a research project and collection of familial photographical archives. It departs from the exploration of the notion of images as bygone experiences in time which, from that timelessness, expand in space, thus creating small narrative moments.
By Tânia Dinis
Text Regina Guimarães
Production Tânia Dinis and Jorge Quintela
Nuno Martinho (PT), Sem Título#2 (ópera), 2016, 4’22’’
A text taken from a newspaper describes a real case. Parallel to this, images accompanied by the music of an opera follow one another. The three planes (text, sound and image) cohabit in time as they form between them relations of approach and distance.
Ar.Co, Teatro Nacional São Carlos, Diário de Notícias
Music Excerpt from the Opera «Iphigenie en Tauride» by Gluck
Ruben Santos (PT), Alóctone, 2018, 1’57’’, archive footage, no sound
Territory and transformation.
Pedro Antunes (PT), Teaser, 2018, 2’46’’
Expectation and the perception of different senses.