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“FUSO 2020 – 27 a 30 de Agosto

28 Agosto, 22h00
 

Open Call
Seleção de Jean-François Chougnet

SESSÃO II

Letters to Nowhere _ Kopal Joshy, 10’15’’, 2018

Ao atravessar a banalidade e o peso das palavras que viajam nos cartões postais, Letters to Nowhere é uma cine-carta que olha as palavras escondidas fora de um envelope lacrado. Este poema visual conta a história de um momento frágil na vida da protagonista e dos seus entes queridos. Ela testemunha e narra através dos seus olhos infantis, tanto naquela época como agora. Através do ato de ocultar as palavras do passado, abre-se de novo um diálogo sobre a vulnerabilidade familiar através de vozes desconhecidas por detrás de cartas anónimas.

 

Créditos

Produção: Kopal Joshy, DocNomads

DocNomads: Rob Rombout, Michel Coquette, Rogier Van Eck, Sonia Pastecchia, Nikos Appelquist Dalton, Antoine Fontaine, Lou Du Pontavice, Koen De Cuyper

BIO

Kopal Joshy (1993) é uma realizadora e diretora de fotografia indiana a viver em Lisboa. Em 2018, terminou o mestrado DocNomads em Direção de Documentários, que ocorre em Portugal, Hungria e Bélgica, com o apoio do programa Erasmus +. Em 2015, concluiu a sua licenciatura em produção de vídeo digital na Srishti School of Art, Design and Technology, em Bangalore, na Índia. Kopal estou fotografia na Edinburgh College of Arts, Escócia, em 2013. Atualmente, está a desenvolver o seu o primeiro documentário com a Terratreme Filmes em Lisboa, Portugal.


I Have a Dream _ Júlio F. R. Costa, 4’45’’, 2020

I Have a Dream é uma obra acerca dos sonhos ainda por concretizar, e acerca da tirania e futilidade que impede que eles se realizem. 

 

BIO

Júlio F. R. Costa (n. 1989) é licenciado em Filosofia e mestre em Mercados da Arte. Tem escrito e publicado artigos no âmbito de uma filosofia em torno do mercado da arte contemporânea, nomeadamente, acerca da obra de arte enquanto mercadoria e da posição do artista no mundo da arte hodierno. Para além de sua formação académica e contínua produção nessas áreas, tem vindo a desenvolver atividades enquanto artista visual, nomeadamente, no experimentalismo de vídeo, dando ênfase às animações experimentais – aproveitando o gosto pelo desenho e tornando-os “um bocadinho animados”. Tem participado em festivais nacionais e internacionais, bem como em exposições de vertentes mais plásticas. O seu primeiro romance Retalhos da Vida de Eduardo Lopo foi publicado em 2019.

www.juliofrcosta.com

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Notas soltas de uma fotógrafa de cena _ Patrícia Andrade6’10’’, 2019

Faço fotografia de cena em rodagens de ficção. Este foto filme é um olhar sobre a dinâmica das filmagens, entre memórias e observações, e sobre a minha função de  fotógrafa de cena.

Durante as filmagens percebi que as diferenças entre imagem fixa e imagem em movimento podem constituir um obstáculo à concretização do meu trabalho. 

As fotografias do filme foram tiradas em diferentes rodagens que ocorreram em Portugal entre 2006 e 2018. 

Créditos

Fotografias, texto e edição de imagem: Patrícia Andrade

Captação e edição de som: Pedro Carneiro

Voz-off: Rita Loureiro

 

BIO

Patrícia Andrade é artista visual. Com a sua câmara capta imagens fixas ou em movimento para materializar as sensações e ideias que produz a imersão em universos que se cruzam com o seu. O processo criativo noutras áreas artísticas desperta a sua curiosidade. Colabora extensivamente com artistas das áreas da dança, cinema e música. A sua abordagem é frequentemente ensaística. O seu processo é holístico, criando cada etapa, desde a captura de imagens até a edição. 

A sua câmara já a conduziu a várias experiências. Na área do espetáculo, como fotógrafa de cena em cinema e séries de TV, ou ao registo de performances na área da música e da dança. A sua observação dos ensaios da Orquestra de Câmara Portuguesa resultou num documentário estreado no Centro Cultural de Belém, na comemoração dos 10 anos da orquestra (2017). Adicionalmente, realizou, filmou e editou três curtas (Nunca presente, 2015; Tempo Vertical, 2017 (com estreia no NYPSFF’18); Notas soltas de uma fotógrafa de cena, 2019, ( com estreia no Cinenova, 2020). Com a fotografia, participou numa exposição coletiva em Barcelona (Galeria Zero, 2005) e duas individuais em Lisboa, na Lx Factory (2009 e 2010) onde teve a experiência do estúdio. 

Está em formação contínua, de curta ou longa duração, como o curso de fotografia na Ar.Co (Lisboa), passando pelo IDEP (Barcelona), e o Mestrado em Arte Multimédia – Audiovisuais (Faculdade de Belas Artes de Lisboa).

www.patriciandrade.com

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Próxima Paragem _ Florence Weyne Robert, 7’28’’, 2019

No coração de Lisboa, um bairro à beira Tejo, poucas ruas entre a linha de comboio e o Rio. Velhotes vivem seus últimos momentos de vida enquanto prédios luxuosos estão sendo construídos, desenhando assim uma nova camada social neste bairro praticamente abandonado. Meus encontros se deram em um café ali numa esquina, e principalmente com velhotas do bairro. Elas me contam o bairro, o seu presente, o seu passado através de suas próprias vidas.

Créditos

Realização, Direção de Fotografia, Som, Edição e Texto: Florence Weyne Robert 

Mixagem Som: Benjamin Laurent

 

BIO

Florence Weyne Robert, foi anotadora e assistente realização para o cinema brasileiro e francês. Se instalou em 2017 em Lisboa, cidade que frequenta e ama desde os final dos anos noventa. Em Lisboa retomou uma prática fotográfica quotidiana. Desenvolve atualmente um documentário sobre processos criativos e outro sobre as futuras evoluções do bairro onde foi filmado Próxima Paragem. Em paralelo também começou um ensaio visual sobre flores e florescências em meio urbano.


u$aar v3.0 _ sandra araújo3’59’’, 2019

redes sociais em modo furtivo & o estilo de vida algorítmico® VS influência dos dados pessoais na distorção de eventos / acontecimentos / sociais & políticos < cobertura mediática memética >

 

Créditos

Realização: sandra araújo

Música: Cairo Braga

Produção: s4ra

 

BIO

sandra araújo é < ume > artista digital < não-binária && genderqueer > que passou horas infindáveis a disparar sobre < monstres > e a deambular através de labirintos. a partir daí, desenvolveu 1 processo experimental & explorativo, entre a cultura visual dos jogos de computador e ficheiros gif. utiliza plataformas / redes sociais para envolver < sues > animações em questões de representação de género & enredos / tramas políticas. ainda joga videojogos old school.

https://s-ara.net

https://www.instagram.com/s.4ra/


Mamá no tengo bombón _Antonia Gaeta, 43’12’’

A tradição platónica, com a sua conceção de um mundo regido por forças espirituais em tensão entre elas e governado por uma alma do mundo a unir as diversas ordens da realidade, fornece a base especulativa da escolha para o Festival FUSO. Os vídeos (June 1972) e (Shoe), ambos de 1999, de autoria de Jorge Queiroz, têm em comum a ideia de que todo o universo é percorrido por forças vitais que podem eventualmente – nem sempre com êxito positivo – ser reconhecidas e dominadas: o espiritual no sensível, o número, a forma, a razão nos sentidos. Os vídeos que Jorge Queiroz fez há 20 anos em Nova Iorque quando se encontrava a estudar e a viver no início da sua carreira, apresentam uma experiência e uso radical do suporte vídeo movida por um sentimento de mistério e nonsense. Na sua aventura especulativa, Queiroz espelha na ordem e na conexão de conhecimentos, ideias, princípios, nexos que tudo unem. A câmara segue as sombras das ideias, a ordem dos conceitos, as linhas dos desenhos, as vozes, princípios formais e materiais inseparáveis.

 

(June 1972) _ Jorge Queiroz, 18’, 1999

Tendo como ponto de partida uma data e um momento específico, o vídeo é a construção de um olho a ver um desenho, um desenho com tempo e som. Um pequeno cinema/teatro, onde o que é dito tenta adivinhar um olho que pensa e segue a linha, onde o white noise e a folha de papel convergem num ping pong a realçar ideais reais e menos reais.

 

(Shoe) _ Jorge Queiroz, 25’, 1999

Fazer um desenho e registá-lo em vídeo. Um desenho feito de gestos dentro dos limites de um pequeno estúdio. Esses gestos libertadores são enciclopédias de vontades, visões que passam a ocupar todo o lugar, lápis, mesas, cadeiras, candeeiros, ovo, mesa de luz, imagens em fotocópias, fósforos. São também suportes de ideias que já não pertencem ao exclusivo do pensar, mas sim à prótese material dos pensamentos.

 

BIO

Jorge Queiroz (1966) vive e trabalha em Lisboa. Frequentou o Ar.Co, o Royal College of Arts em Londres, e ingressou em 1997 na School of Visual Arts em Nova Iorque, tendo aí residido nos seis anos seguintes. Em 2004, estabeleceu-se em Berlim. Importa destacar a sua presença nas Bienais de Veneza em 2003 e de São Paulo em 2004. Em 2006, participou na 4ª Bienal de Arte Contemporânea de Berlim e em 2016 na Bienal de Rennes.


Antonia Gaeta é curadora e neologista. Especialista em arte contemporânea, arte bruta, e em educação pela arte, tem vindo a realizar, desde 2003, pesquisa e projetos de exposições com várias instituições artísticas portuguesas, bem como outras noutros países. Também escreve regularmente para catálogos de arte, revistas e programas de exposições. Em 2019 fundou o projeto/espaço VERÃO, em Lisboa.


Humans just pretend to be humans. You basically never know what they really are.
Bojana Piškur, 
63’

Dois realizadores, duas épocas diferentes, uma região, um tema universal… Um road movie, uma homenagem a Karpo Godina, a Voivodina e às suas gentes, e a um país que foi, mas já não o é.

 

Healthy People for Fun (Zdravi ljudi za razonodu) _ Karpo Godina, 14’, 1971

Retrato da variedade de grupos étnicos de uma população rural da então província Jugoslava de Voivodina: Sérvios, Croatas, Húngaros, Eslovacos, Romenos, Rutenos e Roma, entre outros. Todas estas etnias coabitam harmoniosamente, e cada grupo étnico pinta a fachada das suas casas da mesma cor. A música, cheia de alegria, enfatiza ainda mais o que foi o poderoso sentimento de “irmandade e unidade”. No entanto, não é claro se Godina foi fiel a esta ideia no filme, ou se o fez por gozo, como os censores da época suspeitaram. 


BIO

Karpo Godina, figura central do cinema Jugoslavo (realizador, guionista, diretor de fotografia, e editor), trouxe para a radical “Black Wave” dos anos 60 uma liberdade expressiva irreprimível. Nascido em 1943, em Skopje, Macedónia do Norte (na altura, Jugoslávia), estudou cinema, televisão, rádio e encenação na Academia de Teatro, Rádio, Cinema e Televisão de Lubliana, onde mais tarde lecionou as cadeiras de realização e direção de fotografia. Ao longo de trinta anos, produziu filmes de ficção e não-ficção; curtas-metragens vanguardistas nas décadas de 1960 e 1970; e longas-metragens nos anos 80.


Karpotrotter (Karpopotnik) _ Matjaž Ivanišin49’, 2013

Em 1970, o jovem cineasta Karpo Godina decidiu viajar com a sua câmara pelas as planícies da hinterlândia da Voivodina. As características multiétnicas da região traduzem-se na grande variedade de rostos, línguas e costumes, dando lugar a um road movie invulgar. Infelizmente, só alguns fragmentos deste filme singular foram preservados. Quarenta anos passados, outro realizador parte com a sua câmara, para fazer a mesma viagem através desta paisagem de planícies infindas.

 

BIO

Matjaž Ivanišin nasceu em Maribor, Eslovénia (na então Jugoslávia), em 1981. Estudou realização de cinema e televisão na Academia de Teatro, Rádio, Cinema e Televisão de Lubliana. Depois de terminar a sua licenciatura, em 2007, trabalha como realizador independente. Dos seus trabalhos, destacamos: Karpotrotter (2013), Little Houses (2014), Playing Men (2017) e Oroslan (2019).

Bojana Piškur nasceu em Ljubljana, Eslovénia (na altura Jugoslávia). Licenciou-se em história da arte na Universidade de Ljubljana e fez o doutoramento no Institute for Art History at the Charles University, Praga, República Checa. Trabalha como curadora-chefe no Museu de Arte Moderna de Ljubljana  (+ Museum of Contemporary Art Metelkova). O foco do seu trabalho profissional tem a ver com assuntos políticos relacionados, ou que se manifestam, no domínio da arte, com uma ênfase especial na região que foi, formalmente, a Jugoslávia. Comissariou exposições, escreveu para numerosas publicações e deu palestras em vários países, em tópicos como as pós-vanguardas na Jugoslávia, cinema experimental, educação radical, políticas culturais socialistas e o Movimento Não Alinhado, sempre enquadradas numa perspetiva social e política mais ampla.

“FUSO 2020 – August 27th to 30th

August 28th
 

Open Call
Selection of Jean-François Chougnet

SESSION II

Letters to Nowhere _ Kopal Joshy, 10’15’’, 2018

Traversing between the banality and the weight of words travelling via postcards, Letters to Nowhere is a cine-letter looking at words concealed outside of a sealed envelope. This visual poem tells the story of a fragile time in the life of the protagonist and her loved ones. She witnesses and narrates through her childish eyes, back then and now. Through the act of concealing the words of the past yet again, a dialogue about a familiar vulnerability is opened through unfamiliar voices behind anonymous letters. 

 

Credits

Production: Kopal Joshy, DocNomads

DocNomads: Rob Rombout, Michel Coquette, Rogier Van Eck, Sonia Pastecchia, Nikos Appelquist Dalton, Antoine Fontaine, Lou Du Pontavice, Koen De Cuyper

 

BIO

Kopal Joshy (1993) is an Indian director and cinematographer based in Lisbon. She graduated in 2018 from the DocNomads MA in Documentary Directing, taking place in Portugal, Hungary and Belgium, as an Erasmus+ scholarship student. In 2015, she finished her BA studies in Digital Video Production at Srishti School of Art, Design and Technology, India. She was awarded a scholarship to study photography at Edinburgh College of Arts, Edinburgh, Scotland in 2013. Currently, she is developing her first feature length documentary with Terratreme Filmes in Lisbon, Portugal.


I Have a Dream _ Júlio F. R. Costa, 4’45’’, 2020

I Have a Dream is a work about dreams yet to be realized, and about the tyranny and futility that stops their realization.

 

BIO

Júlio F. R. Costa (b. 1989) has a degree in Philosophy and a master’s degree in Art Markets. Has written and published articles on philosophy around the contemporary art market, namely about the work of art as a commodity and the position of the artist in the hodiernal art world. In addition to his academic degrees and continued production in these areas, he has been developing activities as a visual artist, namely in video experimentalism, emphasizing experimental animations – taking advantage of the taste for drawing and making them “a bit animated”. He has participated in national and international festivals, as well as exhibitions of more “traditional” mediums. His first romance Eduardo Lopo’s Life Pieces was published in 2019.

www.juliofrcosta.com

www.instagram.com/juliofrcosta

www.facebook.com/jcostarte


Notas soltas de uma fotógrafa de cena _ Patrícia Andrade6’10’’, 2019

I‘m a still photographer working on narrative features. This photo film is my point of view on a film set, between memories and observations, and of my role as still photographer.

During the shoots, I realized that the differences between the still and the moving image can be an obstacle to carrying out my work.

The photographs were taken at different shoots that took place in Portugal between 2006 and 2018. 

 

Credits

Photographies, text and editing: Patrícia Andrade

Sound recording and editing: Pedro Carneiro

Voice-over: Rita Loureiro

 

BIO

Patrícia Andrade is a lens-based artist who uses the camera as an instrument to explore the worlds she immerses herself in. The sensations and ideas that present themselves are captured in still or moving images. She collaborates extensively with artists from the fields of dance, cinema and music, with an interest in the creative process. Her approach is often essayistic.In the audio-visual she takes a holistic approach, crafting each stage of the process from image capture to editing.

www.patriciandrade.com

www.instagram.com/patricia_andrade_fotografia

www.facebook.com/patriciaandradefotografia


Próxima Paragem _ Florence Weyne Robert, 7’28’’, 2019

In the heart of Lisbon, a neighbourhood on the margins of the Tejo, a few streets between the train tracks and the River. The elderly live out their final moments, while luxury buildings are being built, thereby laying down a new social layer in this neighbourhood which has been practically abandoned. My encounters took place at a café there on the corner, and mainly with the elderly ladies from the neighbourhood. They tell me of the neighbourhood, its present, its past, through their own lives. 

 

Credits

Direction, Cinematography, Sound, Editing and Text: Florence Weyne Robert

Sound Mixing: Benjamin Laurent

 

BIO

Florence Weyne Robert, was annotator and directing assistant for Brazilian and French cinema. In 2017, she settled in Lisbon, a city she has visited and loved since the end of the 90s. In Lisbon, she takes up again an everyday photography practice. She is currently developing a documentary about Creative processes and another on the future evolution of the neighbourhood in which Próxima Paragem was filmed. Concurrently, she has also begun a visual essay on flowers and flowering within an urban environment.


u$aar v3.0 _ sandra araújo3’59’’, 2019

social media platforms stealᵀᴴ analytics & algorithmic lifestyleᵀᴹ in gifs̸ loops or how data is shaping & twisting social / political events < memetic media coverage >

Credits

Direction: sandra araújo

Music: Cairo Braga

Production: s4ra

 

BIO

sandra araújo is a < non-binary && genderqueer > digital artist that spent endless hours shooting at monsters & strolling through mazes. so, it only felt natural for < them > 2 evolve through an experimental & explorative process of gaming visual culture & popular gif files. also feeds on social media platforms 2 engage < her > animations into the depths of gender role play & political plots. < they > still plays old school video games.

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https://www.instagram.com/s.4ra/


Mamá no tengo bombón _Antonia Gaeta, 43’12’’

The platonic tradition, with its concept of a world ruled by tensions between spiritual forces and governed by a universal soul uniting the diverse orders of reality, provides the speculative basis of the works chosen for the FUSO Festival. The videos (June 1972) and (Shoe), both from 1999, by Jorge Queiroz, share the idea that the whole universe is traversed by vital forces which can eventually – not always successfully – be recognized and dominated: the spiritual in the sensorial, the number, the form, the rationality of the senses. These videos, which Jorge Queiroz created 20 years ago in New York, where he was studying and living at the beginning of his career, introduce an experience and radical use of video moved by a sense of mystery and nonsense. In his speculative adventure, in the order and connection of knowledge, ideas and principles, Queiroz mirrors relationships which unite everything. The camera follows the shadows of the ideas, the order of the concepts, the lines of the drawings, voices, formal principles and inseparable materials.

 

(June 1972) _ Jorge Queiroz, 18’, 1999

Using a specific date and moment in time as its starting point, the video is the construct of an eye looking at a drawing, a drawing in time and with sound. A small cinema/theatre, where what is said attempts to foreshadow an eye which thinks and follows the line, where white noise and the piece of paper converge in a ping pong, highlighting real and less real ideals.

 

(Shoe) _ Jorge Queiroz, 25’, 1999

Make a drawing and record it on video. A drawing made of gestures within the confines of a small studio. Those liberating gestures are an Encyclopedia of desires, visions which will occupy the entire space, pencils, tables, chairs, lamps, egg, lightbox, photocopied images, matches. They are also supports for ideas which no longer belong to the exclusivity of thinking, but to the material prosthesis of thoughts.

 

BIO

Jorge Queiroz (1966) lives and works in Lisbon. He attended Ar.Co, the Royal College of Arts in London and, in 1997, enrolled at the School of Visual Arts in New York, where he resided for the following six years. In 2004, he settled in Berlin. Of note is his presence at the Biennales of Venice in 2003 and São Paulo in 2004. In 2006, he participated in the 4th Biennale of Contemporary Art in Berlin, and in 2016 in the Rennes Biennale.

Antonia Gaeta is a curator and a neologist. Skilled in contemporary art, art brut and art education, since 2003 she developed research and exhibition projects with several artistic institutions in Portugal and abroad and has published texts in art catalogs, magazines and exhibition programs. In 2019, she founded the project space VERÃO, in Lisbon.


Humans just pretend to be humans. You basically never know what they really are. _ Bojana Piškur, 63’

Two filmmakers, two different time periods, one region, one universal theme… A road movie, homage to Karpo Godina, to Vojvodina, to its people, and to a country that once was but is no longer. 

 

Healthy People for Fun (Zdravi ljudi za razonodu) _ Karpo Godina, 14’, 1971

It portrays the variety of people who populate a rural (then) Yugoslavian province of Vojvodina; Serbs, Croats, Hungarians, Slovaks, Romanians, Russinians, Roma among others. All these groups live in harmonious coexistence, and members of the same ethnic groups paint facades of their houses the same color. The music, full of happiness, further emphasizes the once powerful idea of “brotherhood and unity”. However, it is not clear if Godina was true to this idea in the film or did he mock it, as the censors at that time suspected. 

 

BIO

Karpo Godina, an essential figure of Yugoslav cinema (director, screenwriter, cinematographer, and editor) infused the radical “Black Wave” of the 1960s with an irrepressible expressive freedom. Born in Skopje, North Macedonia (then Yugoslavia) in 1943, he studied film, TV radio and theatre direction at the Ljubljana Academy of Theatre, Radio, Film and Television, where he later on taught as professor of film directing and camera. For more than 30 years, he has been producing fiction and nonfiction films; avant-garde shorts in the 1960s and 70s; and feature films in the 1980s and 90s.


Karpotrotter (Karpopotnik) _ Matjaž Ivanišin49’, 2013

In 1970 an young filmmaker, Karpo Godina, decided to travel with his camera through the flat hinterland of Vojvodina. The multi-ethnic character of the region was translated into a wide variety of faces, languages and customs and an unusual road movie emerged. Unfortunately only a few fragments of this original film were preserved. Forty years later, another filmmaker embarks on the same journey with his camera through this flat landscape…

 

BIO

Matjaž Ivanišin was born in Maribor, Slovenia (then Yugoslavia), in 1981. He studied at the Academy of Theatre, Radio, Film and Television, in Ljubljana, to study Film and TV directing. Since his graduation in 2007, he has worked as a freelance filmmaker. His works include Karpotrotter (2013), Little Houses (2014), Playing Men (2017) and Oroslan (2019).

Bojana Piškur was born in Ljubljana, Slovenia (then Yugoslavia). She graduated in art history from the University of Ljubljana and received her Ph.D. at the Institute for Art History at the Charles University in Prague, the Czech Republic. She works as a senior curator in the Museum of Modern Art in Ljubljana (+ Museum of Contemporary Art Metelkova). Her focus of professional interest is on political issues as they relate to or are manifested in the field of art, with special emphasis on the region of (former) Yugoslavia. She has curated many exhibitions, written for numerous publications and lectured in various parts of the world on the topics such as post avant-gardes in Yugoslavia, experimental film, radical education, socialist cultural politics and the Non-Aligned Movement, always in relation to the wider social and political environment.