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FUSO 2022 – 23 a 28 de Agosto

Sobre

Resiliência. Esperança. Comunidade.

Vivemos no meio de discussões especulativas sobre a era pós-pandemia. Há uma tensão entre ordem e ruptura que se reflete na produção artística. O papel da arte é promover um diálogo significativo sobre os importantes desafios sociais, políticos e ambientais que o mundo enfrenta nos dias de hoje. Conflitos de raça e classe, emergência climática, guerras, pandemia, são crises com uma dimensão planetária que os artistas do nosso tempo estão a explorar. Como podemos criar novos conhecimentos e aproveitá-los como ferramenta de reflexão crítica e, em última análise, de mudança coletiva? Em 2022, o FUSO quer realçar a possibilidade de existência da arte como um gesto de resiliência e esperança.

 

Criado em 2009, o FUSO é o único festival português de videoarte, de produção nacional e internacional, com uma programação regular anual em Lisboa e nos Açores (FUSO Insular). A programação é tão eclética quanto o são as linguagens que dão corpo à videoarte. Como medium, é sem dúvida o que tem maior flexibilidade, maior capacidade de abarcar e cruzar as disciplinas artísticas contemporâneas: as artes visuais, a performance, a dança e o teatro, o cinema ou a literatura.

A sua programação junta obras já canónicas dos primórdios da videoarte com as mais contemporâneas, contribuindo desta forma para dar uma visão mais integrada da evolução da videoarte a par dos desenvolvimentos artísticos na sociedade contemporânea ao longo dos últimos 60 anos. A própria evolução do suporte analógico para o digital implica, necessariamente, o desenvolvimento de novas linguagens e possibilidades de manipulação e expansão da imagem em movimento.

Tal como nas anteriores edições, o FUSO 2022 apresenta obras selecionadas e apresentadas por curadores nacionais e internacionais, em programas desenhados especificamente para o festival. A notoriedade e experiência dos curadores convidados garantem a consistência e qualidade da programação, composta por obras de artistas de renome internacional em paralelo com obras de jovens artistas, quer portugueses quer estrangeiros. E, cada ano, o festival homenageia artistas históricos.

Uma das principais vertentes do FUSO é a promoção da nova criação nacional. Todos os anos é realizado um concurso (Open Call) aberto a portugueses e estrangeiros residentes em Portugal, com o objectivo de divulgar, distinguir e incentivar artistas emergentes.

São atribuídos dois prémios – o Prémio Aquisição Fundação EDP/MAAT, e o Prémio Incentivo AR.CO, uma bolsa de estudos para frequência de um ano letivo de “Projecto Individual” no departamento de Cinema/Imagem em Movimento da escola.

O convívio diário dos curadores e artistas durante a semana do festival proporciona o estabelecimento de novas parcerias, gerando uma rede de conexões e colaborações. Parte também daqui a circulação e internacionalização dos artistas e das suas obras. Para além disto, o FUSO é também apresentado em diversas cidades portuguesas e de outros países, desenhando diferentes formatos de exibição adaptados ao local.

É desta forma que o FUSO cumpre a sua missão de fomentar a diversidade cultural e de contribuir para a divulgação dos artistas portugueses dentro e fora do país.

Actualmente, no Arquipélago dos Açores, tem lugar O FUSO INSULAR – Mostra de Videoarte dos Açores, com sessões programadas por curadores nacionais e internacionais, e um laboratório criativo para artistas locais. O Laboratório Imagem em Movimento, programa de residência realizado durante o verão na ilha de São Miguel, tem como meta a criação de uma obra em vídeo, constituindo uma plataforma para a apresentação destes artistas. A Mostra apresenta também duas sessões temáticas com obras históricas e contemporâneas de artistas nacionais e internacionais, com o intuito de ampliar o conhecimento da videoarte nos Açores,

Ao estimular o pensamento crítico em torno dos novos meios e promover o enriquecimento do conhecimento e divulgação da arte vídeo no panorama português, o FUSO contribui de forma significativa para a dinâmica da arte contemporânea nacional.

FUSO 2022 – August 23rd to 28th

About

Resilience. Hope. Community.

We live in the midst of speculative discussions about the post-pandemic era. There is a tension between order and rupture that is reflected in artistic production. The role of art is to foster meaningful dialogue about the important social, political and environmental challenges facing the world today.

Conflicts of race and class, climate emergency, wars, pandemic, are crises with a planetary dimension that the artists of our time are exploring. How can we create new knowledge and use it as a tool for critical reflection and, ultimately, for collective change?

In 2022, FUSO wants to highlight the possibility of the existence of art as a gesture of resilience and hope.

 

Created in 2009, FUSO is the only Portuguese video art festival with an annual program of national and international production that takes place in Lisbon and the Azores (FUSO Insular). The program is as eclectic as the languages that video art embodies. As a medium, it is undoubtedly the one that has greater flexibility, greater ability to encompass and cross contemporary artistic disciplines: the visual arts, performance, dance and theatre, film or literature.

The program brings together canonical works from the beginnings of video art with the most contemporary production, contributing to the knowledge of the evolution of video art alongside the artistic developments in contemporary society over the last 60 years. The very evolution from analogue to digital necessarily implies the development of new languages and possibilities of manipulation and expansion of the moving image.

As in previous editions, FUSO 2022 presents works selected by national and international curators, in programmes especially designed for the festival. The notoriety and experience of the guest curators guarantee the consistency and quality of the programming, composed of works by internationally renowned artists in parallel with works by young artists, both Portuguese and foreign. And each year, the festival also pays tribute to historical artists.

One of the main aspects of FUSO is the promotion of the new national creation. Every year an Open Call is launched to Portuguese and foreign residents in Portugal, in order to disseminate, distinguish and encourage emerging artists.

Two prizes are awarded – the EDP/MAAT Foundation Acquisition Award, and the AR.CO Incentive Award, a scholarship to attend one academic year of “Individual Project” in the school’s Film/Moving Image department.

The daily interaction of the curators and artists during the week of the festival encourages the establishment of new partnerships, generating a network of connections and collaborations. The circulation and internationalization of artists and their works is closely linked to this practice. In addition, FUSO is also presented in several Portuguese cities and in other countries, designing different exhibition formats adapted to the location.

This is how FUSO fulfills its mission of promoting cultural diversity and contributing to the dissemination of Portuguese artists inside and outside the country.

Currently, FUSO INSULAR – Video Art Festival of the Azores takes place in the archipelago, with sessions put together by national and international curators, and a creative laboratory for local artists. The Moving Image Laboratory, a residency program held during the summer on the island of São Miguel, aims to create a video art work and constitute a platform for the presentation of these artists.

By stimulating critical thinking around new media and by promoting the enrichment of knowledge and dissemination of video art, FUSO contributes significantly to the dynamics of national contemporary art.