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“WARNING PALACE & THE YELLOW LINE” | 2013 
Irit Batsry


INSTALAÇÕES

Warning Palace, de Irit Batsry, é um conjunto de instalações site-specific feitas com fitas de segurança amarelas e vermelhas e com as palavras “Caution” e “Danger” impressas. Este conjunto de obras inclui uma instalação no jardim e várias telas de projeção, montadas nalgumas das janelas da fachada do Carpe Diem Arte e Pesquisa, que se tornam assim parte da arquitetura. O sol atua como ‘projetor’ e ativa uma imagem subtil na superfície de cada tela, transformando-a num híbrido entre pintura, escultura e um “filme”. Um loop de vídeo de uma intervenção da artista no Carpe Diem Arte e Pesquisa completa esta obra que aborda as noções de tempo, de luz, de espaço interior e exterior, de limites e fronteiras.

Fronteiras e transgressão encontram-se também no centro de The Yellow Line (in the white gallery), uma instalação de grande dimensão na qual os espectadores são rodeados por projeções vídeo de pessoas a observarem atrás de fitas de segurança. A instalação justapõe a arquitetura sumptuosa do palácio com a urgência da vida nas ruas do Sertão do Nordeste Brasileiro, onde as pessoas (que parecem olhar os espectadores) foram filmadas observando o local de rodagem do filme O Céu de Suely, de Karim Ainouz. A obra subverte ideias de exclusão e inclusão, centro e periferia. As margens tornam-se o centro de atenção.

Impedidos de entrar no local de rodagem, os espectadores tornam-se o assunto da obra, bem como os seus atores. A linha amarela, uma separação entre o quotidiano e o artifício cinematográfico, transforma-se em protagonista.

Ambas as instalações foram desenvolvidas durante a residência de Irit Batsry no Carpe Diem Arte e Pesquisa, bem como uma terceira (ainda em desenvolvimento) na qual a artista juntou pedaços de filme (celuloide) aos ramos das duas árvores Celtis Australis que se encontram no jardim, de forma a criar uma projeção exterior ativada pelo sol e pelo vento, que esbate as fronteiras entre uma obra temporal e uma outra espacial.

“WARNING PALACE & THE YELLOW LINE” | 2013 
Irit Batsry


INSTALATIONS

Irit Batsry’s Warning Palace is a new site-specific series of installations made of industrial yellow and red tapes printed with the words “Caution” and “Danger”. It includes an outdoor installation in the garden and several Caution/Danger canvas units that are set into some of the large-scale windows of Carpe Diem Arte e Pesquisa to become part of the architecture. The sun, acting as a ‘projector’, activates on the surface of each canvas a subtle moving image thus turning it into a hybrid between a painting, a sculpture, and a time-based work. A video loop including an intervention by the artist in Carpe Diem Arte e Pesquisa complements this series of works that addresses notions of time, light, indoor and outdoor space, limits and boundaries. Boundaries and transgression are also at the core of The Yellow Line (in the white gallery), a large-scale installation in which the viewers are surrounded by video projections of people watching behind security tapes.

The installation juxtaposes the sumptuous architecture of the palace with the urgency of street life in the Sertão in North East Brazil where the people that appear to be staring at the viewers were filmed looking at the film set of O Céu de Suely by Karim Ainouz.

The work subverts ideas about exclusion and inclusion, centre and periphery. The margins of the set become the centre of attention. Prevented from entering the film set, the onlookers on location become the subject of this work as well as its ‘actors’. The yellow line – a thin separation between the quotidian and cinematic artifice – becomes a protagonist.

Both installations were developed during Irit Batsry’s 2012 residency in Carpe Diem Arte e Pesquisa along with a third installation (in progress) in which the artist attached clusters of film (celluloid) to the branches of the two Celtis Australis trees in Carpe Diem’s garden in order to create a ‘literal’ outdoor projection, activated by the sun and the wind, that blurs the boundaries between a time-based work and a space-based one.