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FUSO 2010 – Programa 31 Julho, 22h

Museu Coleção Berardo

 

Deutschland und ich (Germany and me), Marcel Odenbach, Colónia
Sessão de Artista

Com colaboração do Goethe Institut – Lisboa e da Fundação PLMJ
Duração total da projeção 64’30’’

Marcel Odenbach, Der Dialoge zwischen Ost und West (Dialogue between East and West), França, 1978, P&B, som, 3’30’’

Este vídeo é um take irónico a preto e branco sobre o diálogo intercultural durante a Guerra Fria, e que também demonstra as limitações técnicas do medium vídeo na década de 70.


Marcel Odenbach, Die Distanz zwischen mir und meinen Verlusten (The Distance between Myself and my Losses), Alemanha, 1983, cor, som, 11’

Neste trabalho Odenbach localiza a construção do self e da identidade no domínio da visão, criando um enigmático teatro de memória da representação popular e histórica. Descobrimos ser constantemente impelidos a tomar por referência elementos do vídeo, que não são vistos ou ouvidos.
Vislumbres de uma seleção histórica do arquivo visual de Odenbach, que varia entre pinturas medievais, pilhas de livros, filmes e vídeos.


Marcel Odenbach, As if memories could deceive me, EUA, produzido para o Cat-Fund Boston, 1986, cor, som, 17’30’’

Neste trabalho Odenbach produz uma visão única da sua posição pessoal em relação à história da Alemanha. Da ornamentada arquitetura barroca do século XIX, a um armazém de roupa masculina contemporâneo, o artista traça uma trajetória histórica do excesso cultural.


Marcel Odenbach, Hitzefrei (Heat wave), Alemanha, 2001, com Rosemarie Trockel, P&B, som, 5’

Uma breve reflexão histórica e cinematográfica sobre a cultura da praia e dos banhos na Europa, observada a partir da perspetiva de um estranho. O voyeur torna-se aqui um etnólogo e a praia o seu campo de investigação.


Marcel Odenbach, Das große Fenster (The Big Window), Alemanha, 2001, cor, som, 12’20’’

A vista exterior transforma-se na perceção de uma realidade histórica. A grande janela panorâmica de Adolf Hitler no Berghof, em Obersalzberg, torna-se o palco onde se desenrola o episódio nacional-socialista. Perante o cenário do espetacular panorama alpino tem início o drama alemão. Um vegetariano neurótico acabará como o assassino de massas do século.


Marcel Odenbach, Im Kreise drehen (Turning in Circles), Polónia, produzido pelo Goethe Institut, 2009, cor, som, 15’50’’

Este trabalho combina uma série de características e incorpora-as num vídeo combinando rigor formal e tensão psicológica com um sentido de desenraizamento e alienação. É essencialmente, um estudo do Mausoléu Majdanek, um dos dois monumentos projetados pelo escultor polaco Wiktor Tolkin, erigido no Campo de Concentração de Lublin (conhecido como Campo Majdanek). Construído em 1969 para marcar o 25 º aniversário da libertação do campo, a grosseira estrutura de betão, assemelha-se a um trabalho de um arquiteto futurista de um período anterior, ou a uma das loucuras desenhadas no século XVIII pelo visionário arquiteto francês, Etienne-Louis Boullée – um “disco voador” é a maneira mais fácil de o descrever. Este monumento, como um estranho relicário, ergue-se imponentemente no caminho para o crematório do campo e contém supostamente as cinzas de algumas das vítimas.
Os epónimos movimentos de câmara circulares de Odenbach e os extremos grandes planos, produzem uma sensação de náusea ou vertigem enquanto se assiste, e evocam o distúrbio associado à visita de locais como estes. Os dois rapazes que se entretêm infantilmente pelo espaço imaginam fazê-lo explodir… o que na realidade poderia ser um destino apropriado.


31 Julho, 23h30

Museu Coleção Berardo

 

Encontro de Marcel Odenbach com o público


31 Julho, 0h

Museu Coleção Berardo

 

Ich und die weite Welt (Eu e o Vasto Mundo), Marcel Odenbach, Colónia
Sessão de Artista

Com colaboração do Goethe Institut – Lisboa e da Fundação PLMJ
Duração total da projeção 64’

Marcel Odenbach, Vorurteile oder Die Not macht Erfinderisch (Prejudice or Necessity is the Mother of Invention), Alemanha/Brasil, 1984, cor, som, 8’

Paisagens românticas alemãs, objetos totémicos, footage de filmes de arquivo de indústria e de trabalho, a cena do carrossel d’O Desconhecido do Norte Expresso de Hitchcock são justapostas e associadas. Odenbach constrói um diálogo relacional entre discrepâncias, muitas vezes artefactos crípticos e rituais que sugerem significados literais ou metafóricos de “revolução”.
O artista investiga hierarquias culturais e históricas, fetiches e relações.


Marcel Odenbach, Estar de Pie es no Caerse (Standing Is Not Falling Down), Espanha, 1989, produzido para a televisão Espanhola, cor, som, 5’

Um autorretrato entre a determinação própria e a de um estranho. Uma reflexão de pé onde me faço cair.


Marcel Odenbach, Zu Schön Um Wahr Zu Sein (Too beautiful to be true), Venezuela, 2000, produzido pelo Goethe Institut, cor, som, 9’40’’

O que é a beleza e porque será que todos querem ser belos hoje em dia? Será a beleza uma oportunidade e o narcisismo uma virtude? Um filme em que a câmara de filmar é elevada, na verdadeira aceção da palavra, à condição de amante.


Marcel Odenbach, Männergeschichten 1 (I Man’s Stuff), Istambul/Colónia, 2003, cor, som, 10’

Grande plano de um jovem oficial mulato. Plano de abertura, no interior: rapazes e homens rezam. Essa é a introdução a este trabalho feito para a 8ª Bienal Internacional de Istambul, com curadoria de Dan Cameron. Imagens de um outro jovem oficial turco são combinadas com memórias e sensações. O relaxamento que se sente com o ato de barbear contrasta com a virilidade e violência do jovem oficial e das suas memórias.
Cria-se um jogo de atração de sobreposições, com longos planos exibidos em duas projeções, dando lugar a diferentes associações de som, tempo e espaço, como creme de barbear e neve.


Marcel Odenbach, In stillen Wassern lauern Krokodile (In still waters crocodiles lurk), Ruanda/Alemanha, 2004, cor, som, 31’20’’

Uma documentação subjetiva sobre um drama em sete capítulos:
Capítulo 1
Quando Deus vai dormir, descansa a cabeça na direção do Ruanda
Capítulo 2
Uma terra de leite e mel
Capítulo 3
Um pesadelo torna-se real
Capítulo 4
O tambor é mais poderoso do que o grito
Capítulo 5
Eu posso esquecer as imagens, mas nunca o cheiro.
Capítulo 6
Nunca mais
Capítulo 7
Quando é que Deus vai voltar a dormir no Ruanda?


31 Julho, 1h

Museu Coleção Berardo

 

Entrega dos Prémios do Júri e do Público do Open Call a artistas portugueses com Finissage

FUSO 2010 – Program July 31st, 10pm

Museu Coleção Berardo

 

Deutschland und ich (Germany and me), Marcel Odenbach, Colónia
Artist’s session

With the collaboration of Goethe Institut – Lisbon and Fundação PLMJ
Total running time 64’30’’

Marcel Odenbach, Der Dialoge zwischen Ost und West (Dialogue between East and West), France, 1978, B&W, sound, 3’30’’

This video is an ironic black-and-white take on the intercultural dialogue of the Cold War period, which also demonstrates the technical limitations of the video medium in the 1970s.


Marcel Odenbach, Die Distanz zwischen mir und meinen Verlusten (The Distance between Myself and my Losses), Germany, 1983, color, sound, 11’

In this work, Odenbach locates the construction of self and identity in the realm of vision, creating an enigmatic memory theatre of popular and historical representation. We find that we are constantly referred to elements in the video that are not seen or heard. We catch glimpses from a historical selection of Odenbach’s visual archive, ranging from medieval paintings, stacks of books, and clips from films.


Marcel Odenbach, As if memories could deceive me, USA, produced for Cat-Fund Boston, 1986, color, sound, 17’30’’

Odenbach produces a unique view of his personal attitude towards the history of Germany. From ornate, 19th-century Baroque architecture to a contemporary menswear emporium, the artist traces a historical trajectory of cultural excess.


Marcel Odenbach, Hitzefrei (Heat wave), Germany, 2001, with Rosemarie Trockel, B&W, sound, 5’

A short historical and cinematographic reflection about the beach and the bathing culture in Germany, observed through the eyes of a stranger, where the voyeur is the ethnologist and the beach his field of study.


Marcel Odenbach, Das große Fenster (The Big Window), Germany, 2001, color, sound, 12’20’’

Looking outside means looking inside. A guesthouse in the mountains, Obersalzberg, Germany: through the breathtaking panoramic view of Adolf Hitler’s window enfolds the drama, the German national socialist history, as a neurotic vegetarian turns into the slaughterer of the century.


Marcel Odenbach, Im Kreise drehen (Turning in Circles), Poland, 2009, produced for Goethe Institut, color, sound, 15’50’’

Combines a number of the aforementioned characteristics and embodies them in a video matching formal rigor and psychological tension with a sense of displacement (and alienation). The work is principally a study of the Majdanek Mausoleum, one of two monuments designed by Polish sculptor Wiktor Tolkin, erected on the site of the Lublin Concentration Camp (known as the “Majdanek” camp). Built in 1969 to mark the 25th anniversary of the camp’s liberation, the hulking concrete structure looks like the work of a Futurist architect from an earlier-age or one of the follies designed by the 18th century French visionary architect Etienne-Louis Boullée – a “flying saucer” is the easiest way to describe it. Famously, it stands on the pathway to the camp’s crematorium and it supposedly contains ashes of some of the victims (as strange reliquary). Odenbach’s, eponymous, circling camera and extreme close-ups produce a feeling of nausea or vertigo when watching and evoke the unease associated with visiting sites such as this one. The two boys who are having fun inside the space imagine blowing it up… which might actually be an appropriate fate.


July 31st, 11:30pm

Museu Coleção Berardo

 

A meeting with Marcel Odenbach and the audience


July 31st, 0am

Museu Coleção Berardo

 

Deutschland und ich (Germany and me), Marcel Odenbach, Cologne, Germany
Artist’s session

With the collaboration of Goethe Institut – Lisbon and Fundação PLMJ
Total running time 64’

Marcel Odenbach, Vorurteile oder Die Not macht Erfinderisch (Prejudice or Necessity is the Mother of Invention), Germany/Brazil, 1984, color, sound, 8’

Romantic German landscapes, totemic objects, archival film footage of industry and labour, the carousel scene from Hitchcock’s Strangers on a Train are juxtaposed and conjoined. Odenbach constructs a relational dialogue between disparate, often cryptic artefacts and rituals that suggest literal or metaphorical meanings of ‘revolution’. He investigates cultural and historical hierarchies, fetishes, and relationships.


Marcel Odenbach, Estar de Pie es no Caerse (Standing Is Not Falling Down), Spain, 1989, produced for the Spanish television, color, sound, 5’

“A self-portrait between one’s own and a stranger’s determination. A standing reflection where I bring myself to fall.”


Marcel Odenbach, Zu Schön Um Wahr Zu Sein (Too beautiful to be true), Venezuela, 2000, produced by Goethe Institut, color, sound, 9’40’’

What does it mean being beautiful? Why does everybody long to be beautiful? Is beauty an opportunity and narcissism a virtue? The camera literally transforms into a lover.


Marcel Odenbach, Männergeschichten 1 (I Man’s Stuff), Istanbul/Cologne, 2003, color, sound, 10’

A close-up of a young brown-skinned military officer. A wide shot, on the inside: boys and men pray. Such is the introduction to this work made for the 8th International Istanbul Biennial, curated by Dan Cameron. Images of another young Turk military officer are combined with memories and sensations. The relaxation that comes from shaving contrasts with the virility and violence of the young military officer and his memories. An enticing game of superimposition is created, with long shots displayed in two screens, cutting always at the same time, giving way to different associations of audio, time, and space, such as shaving cream and snow.


Marcel Odenbach, In stillen Wassern lauern Krokodile (In still waters crocodiles lurk), Rwanda/Germany, 2004, color, sound, 31’20’’

A subjective documentation about a drama in seven chapters
Chapter one
When god goes to sleep, he rests his head towards Rwanda
Chapter two
A land of milk and honey
Chapter three
A nightmare becomes true
Chapter four
The drum is mightier than the cry
Chapter five
I can forget the images, but never the smell.
Chapter six
Never again
Chapter seven
When will god go to sleep again in Rwanda?


July 31st, 1am

Museu Coleção Berardo

 

Jury’s announcement and Public Prize of FUSO 2010’s Open Call to Portuguese artists with Finissage