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30 Agosto, 22h
Museu da Marioneta

 

Soundtracks (EAI)
Curadoria de Lori Zippay
Duração da sessão 60’

 

Electronic Arts Intermix (EAI), uma instituição sem fins lucrativos sediada em Nova Iorque, tem uma das coleções mais extensas de obras de imagem em movimento produzidas por artistas. O arquivo da EAI tem mais de 3500 obras de arte que vão desde 1960 até ao presente, desde obras seminais de figuras pioneiras até trabalhos media e digitais de uma nova geração de artistas.

O programa Soundtracks apresenta uma seleção de imagens em movimento da coleção do EAI onde os artistas reimaginam e reinterpretam imagens e música – canções pop, rock, punk, ruído eletrónico – como ponto de envolvimento crítico. O programa varia entre novas obras digitais de artistas emergentes interdisciplinares, tais como C. Spencer Yeh, até trabalhos de vídeo raramente vistos de artistas bem conhecidos, tais como Pipilotti Rist e Dara Birnbaum. O programa conta também com uma edição de vídeo especial de um “espetáculo rock’n roll de marionetas”, que foi concebido e escrito por Dan Graham, com projeções de vídeo de Tony Oursler, com música de Japanther, e um elenco de marionetas liderado pelo mestre marionetista Philip Huber. 

Assumindo a forma de “vídeos de música” alternativos, estes trabalhos são largamente conceptuais na sua natureza, onde os artistas exploram o sentido e sintaxe das canções de música pop e rock como “bandas sonoras” das nossas narrativas culturais e pessoais.

Spencer Yeh & Jason Lescalleet, Beauty Is A Bowtie (HTDW), 2013, 2’14’’

Spencer Yeh é reconhecido pela sua arte interdisciplinar, que liga composição musical, performance improvisada e vídeo experimental. Grande parte do trabalho de vídeo de Yeh engloba composição e performance avant-garde, alguns como estudos da forma e técnica, ou como colaborações com artistas e músicos. Outros projetos humoristicamente carregados são excursões na antropologia da cultura pop e trash, envolvendo-se em questões de valor, autenticidade, acesso e interações sociais dentro dos mutáveis paradigmas para a circulação de imagens (não autorizadas).

Spencer Yeh criou dois conjuntos de imagens para acompanhar a composição do músico de eletrónica Jason Lescalleet; cada um representa uma interpretação “narrativa” da música surpreendentemente diferente. Yeh escreve: “Jason Lescalleet pediu-me para trabalhar num vídeo para a sua gravação Songs About Nothing, que seria integrado na série de vídeos que acompanhariam cada faixa do álbum. Originalmente enviei uma versão que não era bem o que ele tinha imaginado (o seu pedido foi ‘Eu sei que saberás o que fazer com as sugestões pop e blue-eyed soul desta faixa’, então mergulhei numa coleção de filmagens VHS que tinha. Essa vibe, juntamente com alguns vídeos que tinha recolhido, foram completados com uma amostra discreta de um popular e conhecido trabalho de vídeo experimental… De repente, uma nova história foi escrita com que ambos estávamos contentes. Eu ainda gosto bastante da versão original, assim agora posso apresentar as duas, lado a lado…”


Spencer Yeh & Jason Lescalleet, Beauty Is A Bowtie (HTDW), versão alternativa, 2013, 2’14’’

Spencer Yeh é reconhecido pela sua arte interdisciplinar, que liga composição musical, performance improvisada e vídeo experimental. Grande parte do trabalho de vídeo de Yeh engloba composição e performance avant-garde, alguns como estudos da forma e técnica, ou como colaborações com artistas e músicos. Outros projetos humoristicamente carregados são excursões na antropologia da cultura pop e trash, envolvendo-se em questões de valor, autenticidade, acesso e interações sociais dentro dos mutáveis paradigmas para a circulação de imagens (não autorizadas).

Spencer Yeh criou dois conjuntos de imagens para acompanhar a composição do músico de eletrónica Jason Lescalleet; cada um representa uma interpretação “narrativa” da música surpreendentemente diferente. Yeh escreve: “Jason Lescalleet pediu-me para trabalhar num vídeo para a sua gravação Songs About Nothing, que seria integrado na série de vídeos que acompanhariam cada faixa do álbum. Originalmente enviei uma versão que não era bem o que ele tinha imaginado (o seu pedido foi ‘Eu sei que saberás o que fazer com as sugestões pop e blue-eyed soul desta faixa’, então mergulhei numa coleção de filmagens VHS que tinha. Essa vibe, juntamente com alguns vídeos que tinha recolhido, foram completados com uma amostra discreta de um popular e conhecido trabalho de vídeo experimental… De repente, uma nova história foi escrita com que ambos estávamos contentes. Eu ainda gosto bastante da versão original, assim agora posso apresentar as duas, lado a lado…”


Cheryl Donegan, I Still Want to Drown, 2010, 3’18’’

O vídeo tem sido central no trabalho de Cheryl Donegan desde início da década de 90, integrada numa geração de artistas que estava a desenvolver uma nova prática de arte conceptual. Os trabalhos de Donegan são unificados por uma interrogação sustentada das superfícies – uma tela, um ecrã, um tecido, o próprio corpo da artista. O trabalho de Donegan integra formas gestuais de performance e vídeo, time-based, com pintura, desenho e instalação. Os seus trabalhos extraem influências de uma panóplia de referências históricas da cultura pop, cinema e da arte, de Godard aos Beach Boys, da moda vanguardista ao Jackson Pollock.

Donegan escreve: “Esta peça é uma curta lamentação e meditação sobre trabalho doméstico, desgostos amorosos e a representação… manter as aparências e aparecer para manter… pensei no Douglas Sirk e em decoração… a um som crescente de Dionne Warwick, o vídeo desenrola-se como uma série de imagens de uma mulher sozinha num apartamento escuro, filmado do ponto de vista de um voyeur através de uma janela. É Jeanne Dielman nas suas rotinas mundanas de cozinha, limpeza. Interiores exuberantes, ‘fly-throughs’ digitais de apartamentos luxuoso à venda, depois uma montagem em remoinho de objets d’art em vidro decorativos e mesas de café kitsch flutuam enquanto a cantora lamenta a traição do seu amante e declara a sua inabalável fé.”


Pipilotti Rist, I’m a Victim of this Song, 1995, 5’06’’

Pipilotti Rist é reconhecida internacionalmente pelos seus influentes e visualmente luxuosos trabalhos de vídeo e instalações multimédia que exploram a sexualidade feminina e a cultura media através de divertidos remixes de fantasia e quotidiano. Nos anos 80 e 90 a suíça Rist fez uma série de trabalhos de vídeo onde subverte a forma do videoclip para explorar a voz e o corpo feminino nas representações culturais pop, fundindo música rock, manipulação eletrónica e performance. Rist explora as culturas populares e media e a sua relação com o desejo.

Em I’m a Victim of this Song, Rist explora o conceito da versão “cover”, onde um performer faz uma versão de uma música de outro, e dá-lhe o seu próprio twist. Começando com o single Wicked Game de Chris Isaak, ela adiciona o seu próprio canto e versões gritadas das letras, acompanhadas por efeitos manipulados, imagens de vídeo diárias. (Em meados dos anos 80 Rist foi membro de um grupo experimental post-punk pop Les Reines Prochaines, para o qual fez alguns dos seus primeiros trabalhos de vídeo.) O resultado é uma art-world “cover” de um popular artefacto, com uma voz de mulher reinterpretando um original masculino, e uma ilustração vivida da contestação do consumidor em possuir e interpretar imagens media.


Dara Birnbaum, Remy/Grand Central: Trains and Boats and Planes, 1980, 4’18’’

Os trabalhos de vídeo de Dara Birnbaum estão entre as contribuições mais influentes e inovadoras para o discurso contemporâneo sobre arte e televisão. Nos seus trabalhos de vídeo e instalações multimédia, Birnbaum utiliza tanto tecnologia de vídeo de alta qualidade como de baixa qualidade para subverter, criticar e desconstruir o poder das imagens e gestos dos mass media na definição de ideologias na cultura, história e memória. Através de uma linguagem televisual dinâmica de imagens, música e texto, ela expõe os sentidos ideológicos incorporados nos media e assume o vídeo como um meio para dar voz ao individual.

Comissariado por Remy Martin para uma exposição pública no Grand Central Station em Nova Iorque, Remy/Grand Central é um anúncio publicitário com um twist. Numa colagem sincopada de filmagens apropriadas (incluindo anúncios televisivos para os jeans Sergio Valente) e uma jovem mulher a beber Remy numa plataforma de comboios, Birnbaum chama a atenção para como os anúncios mass media usam o corpo das mulheres como veículos para vender produtos. Num pastiche estilizado que ela chama “um snack-en-route com uma bonita rapariga, animados comboios, updated Bacharach muzak (estilo brasileiro), e o derramar do Remy”, Birnbaum subverte a utilização das mulheres como comodidade por parte dos media.


Dan Graham, Don’t Trust Anyone Over Thirty, 2004, 32’

Provocantes e influentes, os trabalhos e teorias de Dan Graham analisam as funções históricas, sociais e ideológicas dos sistemas culturais contemporâneos, incluindo arquitetura, música rock e televisão. Nas performances, instalações, e designs arquiteturais/escultóricos, ele investiga o ato de ver e ser visto, o espectador e o ambiente. Desde as suas primeiras manipulações da perceção através do atraso do tempo, circuitos internos de vídeo, e espelhos até aos seus mais recentes pavilhões arquiteturais, Graham explora espaços públicos e privados e os seus significados culturais. 

Don’t Trust Anyone Over 30 foi originalmente apresentado em 2004 como um “espetáculo rock ’n’ roll de marionetas” ao vivo, concebido e escrito por Graham com projeções de vídeo de Tony Oursler e música ao vivo pela banda Japanther. Apresentando um elenco de marionetas pelo mestre marionetista Phillip Huber, este “entretenimento” satírico estende a fascinação de Graham com uma análise ao rock’n roll e às novas contraculturas dos anos 60 e 70. Pontuado por uma banda sonora de rock, post-punk e canções pop que funcionam como marcos culturais, Don’t Trust Anyone Over 30 usa marionetes, um espetáculo multimédia e música para contar uma história absurda, psicadélica de uma era política e social.

 

Performance live e Música original Japanther

Projeções de vídeo Tony Oursler


23h15

 

Cerimónia de Entrega de Prémios

 

Entrega do Prémio Aquisição FUSO/Fundação EDP, para a melhor obra eleita pelo júri presidido por João Pinharanda (Fundação EDP), acompanhado por Helena Barranha (Instituto Superior Técnico – Universidade de Lisboa), Isabel Nogueira (curadora, investigadora e professora universitária), Susana de Sousa Dias (realizadora e professora na FBAUL) e João Cristóvão Leitão (vencedor do Open Call FUSO 2014).

O público foi convidado a votar na sessão de apresentação do Open Call, e a sua opinião é expressa, aqui, com a entrega do Prémio do Público.

 

27 a 30 Agosto, 16h30 às 19h

 

Carpe Diem Arte e Pesquisa
FUSO Files
Conceito e Coordenação de Elsa Aleluia

 

Uma série de conversas informais com o público e artistas; performances, display de documentação dos arquivos e coleções; abertura de ficheiros na história do vídeo e do filme de artista, nos sistemas de circulação e produção cultural de imagens, nas práticas artísticas de produção coletiva e formação de arquivos de imagens em movimento, que intersetam o programa das sessões do FUSO – Anual de Vídeo Arte Internacional de Lisboa, num espaço de encontro e conversação.

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August 30, 10pm
Museu da Marioneta

 

Soundtracks (EAI)
Curatorship by Lori Zippay
Total running time 60’

 

Electronic Arts Intermix (EAI), a New York-based non-profit institution, holds one of the most extensive collections of moving image works by artists. EAI’s archive of over 3,500 moving-image artworks spans the 1960s to the present, from seminal video works by pioneering figures to media and digital works by new generations of artists. 

The Soundtracks program features a selection of moving image works from the EAI collection in which artists reimagine and reinterpret images and music – pop songs, rock, punk, electronic noise – as a point of critical engagement. The program ranges from new digital works by emerging inter-disciplinary artists such as C. Spencer Yeh to rarely seen early video works by well-known artists such as Pipilotti Rist and Dara Birnbaum. The program also features a special video edit of a “rock‘n roll puppet show”, which was conceived and written by Dan Graham, with video projections by Tony Oursler, music by Japanther, and a cast of marionettes by master puppeteer Philip Huber. 

Assuming the form of alternative “music videos”, these works are largely conceptual in nature, as the artists explore the meaning and syntax of pop songs and rock music as the “soundtracks” of our cultural and personal narratives.

Spencer Yeh & Jason Lescalleet, Beauty Is A Bowtie (HTDW), 2013, 2’14’’

Spencer Yeh is recognized for his interdisciplinary art, which bridges sound composition, improvisational performance, and experimental video. Much of Yeh’s video work engages with avant-garde composition and performance, variously as studies in form and technique, or as collaborations with artists and musicians. Other projects are humorously charged excursions into pop and trash cultural anthropology to engage questions of value, authenticity, access, and social interactions within shifting paradigms for the (unauthorized) circulation of images.

Spencer Yeh created two sets of images to accompany electronic musician Jason Lescalleet’s composition; each poses a strikingly different “narrative” interpretation of the music. Writes Yeh, “Jason Lescalleet had asked me to work on a video for his Songs About Nothing record, to be a part of a larger series of videos to accompany each track on the album. I had originally submitted a version that wasn’t quite what he was envisioning (his request was ‘I know that you’ll know what to do with the hints of pop and blue-eyed soul in this track’), so I dug into a collection of VHS stock footage samples I had. That vibe, along with some videos I had gathered, was topped off with a discrete sample of a popular and known experimental film work… Suddenly a new story was written that we were both happy with. I still quite like the original version, so now I can present both side-by-side…”


Spencer Yeh & Jason Lescalleet, Beauty Is A Bowtie (HTDW), Alternative version, 2013, 2’14’’

Spencer Yeh is recognized for his interdisciplinary art, which bridges sound composition, improvisational performance, and experimental video. Much of Yeh’s video work engages with avant-garde composition and performance, variously as studies in form and technique, or as collaborations with artists and musicians. Other projects are humorously charged excursions into pop and trash cultural anthropology to engage questions of value, authenticity, access, and social interactions within shifting paradigms for the (unauthorized) circulation of images.

Spencer Yeh created two sets of images to accompany electronic musician Jason Lescalleet’s composition; each poses a strikingly different “narrative” interpretation of the music. Writes Yeh, “Jason Lescalleet had asked me to work on a video for his Songs About Nothing record, to be a part of a larger series of videos to accompany each track on the album. I had originally submitted a version that wasn’t quite what he was envisioning (his request was ‘I know that you’ll know what to do with the hints of pop and blue-eyed soul in this track’), so I dug into a collection of VHS stock footage samples I had. That vibe, along with some videos I had gathered, was topped off with a discrete sample of a popular and known experimental film work… Suddenly a new story was written that we were both happy with. I still quite like the original version, so now I can present both side-by-side…”


Cheryl Donegan, I Still Want to Drown, 2010, 3’18’’

Video has been central to Cheryl Donegan’s art since the early 1990s, as part of a generation of artists who were developing a new conceptual artistic practice. Across media, Donegan’s works are unified by a sustained interrogation of surfaces – a canvas, a screen, fabric, the artist’s own body. Donegan’s work integrates the time-based, gestural forms of performance and video along with painting, drawing and installation. Her works draw from a panoply of pop cultural, cinematic and artistic historical references, from Godard to the Beach Boys, from cutting-edge fashion to Jackson Pollock.

Donegan writes: “This piece is a short lament and meditation on housework, heartbreak and posing… keeping up appearances and appearing to keep up… I thought about Douglas Sirk and decorating… To a soaring Dionne Warwick sound, the video unfolds as a series of images of a woman alone in a darkened apartment, shot as if from a voyeur’s point of view through a window. It is Jeanne Dielman, going through her mundane routines of cooking and cleaning. Lush interiors, digital ‘fly throughs’ of luxury apartments for sale, then a swirling montage of decorative glass objets d’art and coffee table kitsch sculptures float by as the singer laments her lover’s betrayal and declares her own unwavering faith.”


Pipilotti Rist, I’m a Victim of this Song, 1995, 5’06’’

Pipilotti Rist is internationally recognized for her influential, visually lush video works and multimedia installations that explore female sexuality and media culture through playful remixes of fantasy and the everyday. In the 1980s and 90s the Swiss-born Rist made a series of video works in which she subverted the form of music video to explore the female voice and body in pop cultural representations, merging rock music, electronic manipulation and performance. Rist explores popular and media cultures and their relation to desire. 

In I’m a Victim of this Song, Rist explores the concept of the “cover” version, in which one performer does a version of another’s song, and gives it her own twist. Starting with music from Chris Isaak’s hit single Wicked Game, she adds her own sung and screamed versions of the lyrics, accompanied by manipulated effects, diaristic video images. (In the mid-1980s Rist was a member of the experimental post-punk pop group Les Reines Prochaines, for which she made some of her earliest video works.) The result is an art-world “cover” of a popular artefact, with a woman’s voice reinterpreting the male original, and a vivid illustration of the consumer’s claim to own and interpret media images.


Dara Birnbaum, Remy/Grand Central: Trains and Boats and Planes, 1980, 4’18’’

Dara Birnbaum’s provocative video works are among the most influential and innovative contributions to the contemporary discourse on art and television. In her video works and multimedia installations, Birnbaum applies both low-end and high-end video technology to subvert, critique or deconstruct the power of mass media images and gestures to define mythologies of culture, history and memory. Through a dynamic televisual language of images, music and text, she exposes the media’s embedded ideological meanings and posits video as a means of giving voice to the individual.

Commissioned by Remy Martin for a public exhibition in Grand Central Station in New York, Remy/Grand Central is an advertisement with a twist. In a syncopated collage of appropriated footage (including a TV commercial for Sergio Valente jeans) and a young woman drinking Remy on a commuter train platform, Birnbaum draws attention to how mass media advertising uses a woman’s body as a vehicle for selling products. In a stylized pastiche that she calls “a snack-en-route with a pretty girl, animated trains, updated Bacharach muzak (Brazilian style), and pouring Remy,” Birnbaum turns the tables on the media’s use of woman as commodity.


Dan Graham, Don’t Trust Anyone Over Thirty, 2004, 32’

Dan Graham, Don’t Trust Anyone Over Thirty, 2004, 32’

Dan Graham’s provocative and influential art and theories analyse the historical, social and ideological functions of contemporary cultural systems, including architecture, rock music, and television. In performances, installations, and architectural/sculptural designs, he investigates the act of viewing and being viewed, the spectator and the environment. From his early manipulations of perception through time delay, closed-circuit video, and mirrors to his recent architectural pavilions, Graham explores public and private spaces and their cultural meanings.

Don’t Trust Anyone Over 30 was originally staged in 2004 as a live “rock ’n’ roll puppet show,” conceived and written by Graham, with video projections by Tony Oursler and live music by the band Japanther. Featuring a cast of marionettes by master puppeteer Phillip Huber, this satirical “entertainment” extends Graham’s fascination with an analysis of rock ‘n’ roll and the youth countercultures of the 1960s and ‘70s. Punctuated with a soundtrack of rock, post-punk and pop songs that function as cultural milestones, Don’t Trust Anyone Over 30 uses puppetry, a multimedia show and music to tell an absurdist, psychedelic story of a political and social era.

 

Live performance and Original soundtrack Japanther

Video projections Tony Oursler


11:15pm

 

Awards Ceremony

 

Presentation of the FUSO/EDP Foundation Acquisition Award, for the best work selected by the jury presided by João Pinharanda (EDP Foundation), accompanied by Helena Barranha (Instituto Superior Técnico – University of Lisbon), Isabel Nogueira (curator, researcher and college teacher), Susana de Sousa Dias (director and teacher at FBAUL) and João Cristóvão Leitão (winner of FUSO’s Open Call 2014).

The public was invited to vote in the Open Call presentation session, and their opinion is expressed, here, with the award of the Public Prize.

 

August 27 to August 30, 4:30pm to 7pm

Carpe Diem Arte e Pesquisa
FUSO Files
Concept and Coordination by Elsa Aleluia

 

A series of informal conversations with the public and artists; performances, documentation display of archives and collections; opening of files relevant in the video-making history and in the artist’s film practice, in the distribution systems and cultural production of images, in the artistic practices of collective production and in the creation of moving image files, which intersect FUSO’s program, all this in a space of encounter and debate.