“A ESTAÇÃO DE OUTONO – CICLO SOBRE LEMBRAR E ESQUECER III”
CLÁUDIA GAIOLAS E PAULA DIOGO EM DIÁLOGO COM ALEXANDER KELLY E CHRIS THORPE
Paula Diogo imaginou o ciclo SOBRE LEMBRAR E ESQUECER para falar sobre o modo como a memória opera nas nossas vidas. Depois de PAISAGEM, apresentado em Março de 2021 no Teatro Municipal do Porto, chega agora A ESTAÇÃO DE OUTONO. Esta criação junta Alexander Kelly (Third Angel), Chris Thorpe (Unlimited Theatre), Cláudia Gaiolas (TMV) e Paula Diogo no terceiro momento que encerra o ciclo iniciado em 2018 com o espectáculo com o mesmo nome apresentado no Teatro Maria Matos. Três espectáculos sobre o que escolhemos recordar ou esquecer, ou o que somos capazes de recordar e esquecer.
A ESTAÇÃO DE OUTONO é uma peça para duas vozes.
Dois estranhos encontram-se regularmente em não-lugares e reconstroem os passos que conduzem ao desaparecimento de alguém. Como auxiliares de memória têm apenas uma colecção de fotos tiradas em espaços abandonados, que perderam a sua funcionalidade e foram tomados pela natureza. A criação projecta uma fantasia onde os actores não têm corpo e a relação com os espectadores é essencialmente feita através do som.
As apresentações desta criação na Blackbox do CCB no âmbito do Temps d’Images serão as primeiras de um trabalho que continuará a desenvolver-se em 2022.
Bios
Paula Diogo
É actriz, performer e encenadora com um percurso marcado por processos colaborativos, nos últimos anos tem-se dedicado à criação e à produção de objectos artísticos. Formada pela ESTC em Lisboa, concluiu o Mestrado em Artes Performativas na LHI (Icelandic Academy of Arts), e foi co-fundadora de várias companhias e colectivos tais como o Teatro Praga (1995-08), TRUTA (2003-2010) e O Pato Profissional Lda (2003-10).
Tem trabalhado com diversos artistas e companhias tanto em Portugal como no estrangeiro.
Mais recentemente tem vindo a consolidar a Má-Criação (www.ma-criacao.com), uma plataforma que reúne criadores de diferentes percursos e geografias. Actualmente, é uma das artistas apoiadas pela APAP – FEMINIST FUTURES um projeto cofinanciado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia (www.apapnet.eu) e integra o colectivo Celestial Bodies, um novo projecto dedicado à abertura de espaços que integram práticas de solidariedade, cuidado, empatia e espanto. Vive em Lisboa.
Cláudia Gaiolas
É criadora, intérprete e artista associada do teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser.
Tem trabalhado com diversas companhias: Mundo Perfeito, mala voadora, Truta, Má-Criação, Teatro da Garagem, Homem Bala, e ainda Tiago Rodrigues, Tónan Quito, Paula Diogo, Giacomo Scalisi, António Mercado, André Murraças, Joaquim Horta, Madalena Victorino, Jean-Pierre Larroche, Rui Horta, Clara Andermatt, Martim Pedroso, Àgnes Limbos, Dinarte Branco, Guilherme Garrido, Alfredo Martins, Alex Cassal, Keli Freitas e Raquel André.
Encenou os espectáculos A Partir de Amanhã e A Mulher que Parou, com textos de Tiago Rodrigues para o Alkantara; para o festival Materiais Diversos encenou: Os Terroristas e criou os espectáculos Solo Doméstico e Não Sou Só Eu Aqui, este último com Rita Rio. Participou no laboratório TRYANGLE e desenvolveu o projecto TryRomance. Participa no espectáculoI DON’T BELONG HERE, com direcção de Dinarte Branco. Co-cria O Grande Livro dos Pequenos Detalhes. Para o São Luiz Teatro Municipal, dirigiu o ciclo Antiprincesas; com Anabela Almeida e Sílvia Filipe co-dirigiu o espectáculo As Três Sozinhas para o Teatro Nacional D. Maria II.
Alexander Kelly
É co-director artístico da companhia inglesa Third Angel, baseada em Sheffield, onde idealiza, dirige, escreve e actua. A companhia pesquisa a fronteira entre as linguagens teatrais, live art, instalações, filme, vídeo, fotografia e multimédia. Os seus espetáculos têm sido apresentados por toda a Inglaterra e Europa. Entre os projetos recentes nomeamos: The Paradise Project (com a Mala Voadora), The Life & Loves of a Nobody, 600 People, Cape Wrath, The Machine (peça radiofónica de Georges Perec) e What I Heard About the World (uma co-produção com a Mala Voadora, Teatro de Sheffield e Teatro Maria Matos em Lisboa) e a performance de longa duração Story Map (com a Mala Voadora). Trabalhos que incluem dramaturgia e atuação: Playing Detective para o projeto 15 Minutes Live de Slung Low (2013), e Learning To Swim com a Má Criação (2010). Alexander também é um experiente educador, leccionando a cadeira de Práticas de Performance na Leeds Beckett University.
Chris Thorpe
Artista Associado do Royal Exchange, Manchester – There Has Possibly Been An Incident e The Mysteries. Outros trabalhos teatrais incluem Victory Condition e The Milk of Human Kindness para a Royal Court, Chorus para o Gate Theatre e Hannah, Beowulf e uma das Aesop’s Fables para o Unicorn. Colabora com Rachel Chavkin (Confirmation e Status), Lucy Ellinson (TORYCORE), mala voadora (Overdrama, House-Garden, Dead End e Your Best Guess) e Hannah Jane Walker (The Oh Fuck Moment e I Wish I Was Lonely). Foi membro fundador do Unlimited Theatre, é Associado do Live Art/Theatre Company Third Angel e tem trabalhado frequentemente com Forest Fringe. Colaborou recentemente com Rachel Bagshaw, escrevendo o premiado The Shape of the Pain. A sua curta-metragem What Do You Want Me To Say?, para o Royal Court e o Financial Times sobre a crise climática, foi lançada em setembro de 2019. O seus trabalho circula internacionalmente e é regularmente produzido para palco e rádio em toda a Europa e nos Estados Unidos. Recebeu o prémio Fringe Firsts por Static e Neutrino (ambos com Unlimited Confirmation), Status, The Oh Fuck Moment e The Shape of the Pain. As suas obras são publicadas pela Oberon Books.
Ficha técnica
Criação
Cláudia Gaiolas
Paula Diogo
Em diálogo com
Alexander Kelly
Chris Thorpe
Texto
Alexander Kelly e Chris Thorpe
Performance
Cláudia Gaiolas e Paula Diogo
Criação sonora
João Bento
Desenho de luz
Cárin Geada
Cenografia
Marta Carreiras
Figurinos
José António Tenente
Imagem e registo
Masako Hattori
Fotografia
João Tuna
Produção
Má-Criação
Residência
Alkantara e Mala Voadora
Apoio à residência artística
Companhia Olga Roriz
Parceiros
Third Angel (UK), Mala Voadora e Festival Temps d’Images
Apoio
República Portuguesa – Cultura / Direção Geral das Artes
Parceiro institucional
República Portuguesa – Ministério da Cultura
A Má-Criação é uma estrutura apoiada pela CML e acolhida pelo Alkantara.
Paula Diogo é uma artista apoiada pela apap – FEMINIST FUTURES, um projecto co-financiado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia
“THE AUTUMN STATION – cycle About Remembering and Forgetting III”
CLÁUDIA GAIOLAS AND PAULA DIOGO IN A DIALOGUE WITH ALEXANDER KELLY AND CHRIS THORPE
Paula Diogo imagined the cycle ABOUT REMEMBERING AND FORGETTING to talk about how memory operates in our lives. Following PAISAGEM (Landscape) which was presented in March 2021 at the Teatro Municipal do Porto, A ESTAÇÃO DE OUTONO (The Autumn Station) is presented. This creation brings together Alexander Kelly (Third Angel), Chris Thorpe (Unlimited Theatre), Cláudia Gaiolas (TMV) and Paula Diogo in the third moment that ends this cycle which started in 2018 with a show with the same name presented at Teatro Maria Matos. Three shows to talk about what we choose to remember or forget, or what we can remember and forget.
The Autumn Station (A Estação de Outono) is a piece for two voices.
Two strangers meet regularly in non-places and reconstruct the steps that lead to someone’s disappearance. As memory aids they have only a collection of photos taken in abandoned spaces, which lost their functionality and were taken over by nature. The creation projects a fantasy where the actors have no body and the relationship with the spectators is essentially made through sound.
The show will be first presented at CCB – Black Box (Centro Cultural de Belém, Lisbon) within the programme of Temps d’Images Festival, in October 2021, and will continue to be developed throughout 2022.
Bios
Paula Diogo
Performer and stage director with an artistic background based on collaborative processes. She has been meandering through art-making and producing in recent years. She holds a Bachelor’s Degree in Training of Actors / Directors by the ESTC in Lisbon, and a Master’s Degree in Performing Arts by the LHÍ (Icelandic Academy of Arts), with grants from the Calouste Gulbenkian Foundation and the GDA Foundation. She was co-founder of several collectives, such as Teatro Praga (1995-08), TRUTA (2003-10) and O Pato Profissional Lda (2003-10).
She has worked with several artists and companies both in Portugal and abroad.
More recently, she has been consolidating Má-Criação(www.ma-criacao.com), a platform that brings together creators from different backgrounds and geographies. She is one of the artists supported by APAP – FEMINIST FUTURES, a project co-funded by the Creative Europe Program of the European Union. (www.apapnet.eu) and a member of the collective Celestial Bodies, a new project dedicated to opening up spaces that integrate practices of solidarity, care, empathy and awe. She lives in Lisbon.
Cláudia Gaiolas
Cláudia Gaiolas is a creator, performer and associated artist of teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser.
She has been working with diverse companies: Mundo Perfeito, mala voadora, Truta, Má-Criação, Teatro da Garagem, Homem Bala, and also Tiago Rodrigues, Tónan Quito, Paula Diogo, Giacomo Scalisi, António Mercado, André Murraças, Joaquim Horta, Madalena Victorino, Jean-Pierre Larroche, Rui Horta, Clara Andermatt, Martim Pedroso, Àgnes Limbos, Dinarte Branco, Guilherme Garrido, Alfredo Martins, Alex Cassal, Keli Freitas and Raquel André.
She staged the shows As of Tomorrow (A Partir de Amanhã) and The Woman that Stopped (A Mulher que Parou), with texts of Tiago Rodrigues for Alkantara; for the Materiais Diversos festival, she staged: The Terrorists (Os Terroristas) and created the shows Domestic Soil (Solo Doméstico) and It’s Not Just Me Here (Não Sou Só Eu Aqui), this last one with Rita Rio. She participated in the TRYANGLE laboratory and developed the TryRomance project. She participates in the show I DON’T BELONG HERE, with direction of Dinarte Branco. She co-creates The Great Book of Small Details (O Grande Livro dos Pequenos Detalhes). For São Luiz Municipal Theatre, she directed the Antiprincesses’ (Antiprincesas) cycle; with Anabela Almeida and Sílvia Filipe co-directed the show The Three Lonely (As Três Sozinhas) for D. Maria II National Theatre.
Alexander Kelly
Alexander Kelly is Co-Artistic Director of the Sheffield-based theatre company Third Angel, with whom he devises, directs, writes, designs and performs. The company makes a range of work connecting the territories of theatre, live art, installation, film, video, photography and digital & online media, which tours throughout Britain, mainland Europe and beyond. Current projects and recent include the shows The Department of Distractions (with Northern Stage), 600 People, Partus, The Paradise Project (with mala voadora), The Life & Loves of a Nobody (with Sheffield Theatres), Cape Wrath, The Machine (from the radio play by Georges Perec) and What I Heard About the World (a co-production with mala voadora, Sheffield Theatres and Teatro Maria Matos) and the durational performances The Journeys (with SBC Theatre), The Desire Paths, Story Map (with mala voadora) and Inspiration Exchange. Other recent work includes writing O Grande Livro dos Pequeno Detalhes (The Great Book of Tiny Details) with/for Má Criação (Rio de Janeiro 2015, Lisbon & Porto 2016), writing and performing Playing Detective for Slung Low’s 15 Minutes Live (Leeds 2013), and co-devising Learning To Swim with Má Criação (Lisbon 2010).
Alex is an experienced educator, and is Senior Lecturer in Performance Practice at Leeds Beckett University. He has taught at numerous Universities across the UK, and has also taught for Third Angel at the Calouste Gulbenkian Foundation in Lisbon. Alex regularly mentors other artists and companies with Third Angel and through his role at Leeds Beckett.
Chris Thorpe
Chris Thorpe is an Associate Artist at the Royal Exchange, Manchester – work for them includes There Has Possibly Been An Incident and The Mysteries. Other theatre work includes Victory Condition and The Milk of Human Kindness for the Royal Court, Chorus for the Gate Theatre and Hannah, Beowulf and one of Aesop’s Fables for the Unicorn. He also has ongoing collaborations with Rachel Chavkin produced by China Plate (Confirmation/Status), Lucy Ellinson (TORYCORE), Portugal’s mala voadora (Overdrama/House-Garden/Dead End/Your Best Guess) and Hannah Jane Walker (The Oh Fuck Moment/I Wish I Was Lonely) Chris was a founder member of Unlimited Theatre, is an Associate of Live Art/Theatre company Third Angel and has worked frequently with Forest Fringe. Chris has also recently collaborated with Rachel Bagshaw, writing the award-winning The Shape of the Pain. His short film for the Royal Court and the Financial Times about the climate crisis, What Do You Want Me To Say? was released in September 2019.
Chris’s performance work tours internationally, and is also regularly produced for stage and radio throughout Europe and in the US. He won several awards including Fringe Firsts for Static and Neutrino (both with Unlimited Theatre), Confirmation, Status, The Oh Fuck Moment, and The Shape of the Pain, selection for Berlin Theatertreffen’s Stuckemarkt for There Has Possibly Been an Incident, and the Arches Brick Award for TORYCORE. His work is published by Oberon Books.
Credits
Creation
Cláudia Gaiolas
Paula Diogo
In dialogue with
Alexander Kelly
Chris Thorpe
Text
Alexander Kelly
Chris Thorpe
Performance
Cláudia Gaiolas
Paula Diogo
Sound design
João Bento
Light design
Cárin Geada
Set design
Marta Carreiras
Costumes
José António Tenente
Image and video recording
Masako Hattori
Photography
João Tuna
Production
Má-Criação
Artistic residencies
Alkantara
Mala Voadora
Artistic residencies support
Companhia Olga Roriz
Partners
Third Angel (UK)
Mala Voadora
Festival Temps d’Images
Support
República Portuguesa – Cultura / Direção Geral das Artes
Institutional partner
República Portuguesa – Ministério da Cultura
Má-Criação is a structure supported by the Lisbon City Council and housed in Alkantara.
Paula Diogo’s work is supported by apap – FEMINIST FUTURES – a project co-funded by the Creative Europe Program of the European Union.