“LONG SORROW”

Anri Sala

 

 

No centro da sua primeira exposição individual, Anri Sala apresenta o novo filme Long Sorrow – “um requiem do fim dos sonhos”.

 

O famoso saxofonista de free jazz Jemeel Moondoc improvisa uma peça musical, suspenso de uma janela do último andar de um edifício nos arredores de Berlim, na Alemanha.

Usando diferentes ângulos e pontos de vista da câmara, ele parece flutuar no ar. O músico constrói uma catedral improvisada de sons, assente num suspense crescente.

Ao mesmo tempo um documento social e metáfora artística, Long Sorrow é uma intervenção no espaço, a partir das sensações.

Anri Sala apresenta uma seleção dos seus mais recentes trabalhos de vídeo e fotografia: um retrato de um pobre sentado nas arcadas do Dome de Milão, um cavalo parado numa rua em Tirana, um jogo noturno de luz e sombra na praia com um “címbalo” aparecendo à luz de um estroboscópio, entre outros.

Os espaços de “círculo filológico” elevam o trabalho de Anri Sala à dimensão da arte.

Em contraste com a velocidade contemporânea das imagens, o trabalho de Anri Sala é uma reflexão sobre a lentidão, caracterizada por uma quase ausência de movimento de câmara e por uma atenção ao pormenor, que aproxima as suas imagens da pintura.

 

 

(EN) Synopsis

In the center of his first personal exhibition the artist Anri Sala presents his new film Long Sorrow – “a requiem for the end of the dreams.”

 

The famous free-jazz saxophonist Jemeel Moondoc improvises an emotional piece, while hanging out of a window on the upper floor of a building in the outer skirts of Berlin, Germany.

By using different angles and views of the camera he seems to float in the air. The musician builds a cathedral of sounds with an improvisation based on an increasing suspense. 

Both a social document and a metaphor for art expression, Long Sorrow is an architectural intervention about the natures sensations.

Anri Sala shows a selection of his recent art works in video and photography: a portrait of a pour man sitting between the arcade of the Dome of Milan, a calm horse standing still on a road in Tirana, a nightly light and shadow game on the shore of the ocean and a spinning music instrument “címbalo” appearing with the flashlight of a stroboscope and more…

The rooms of the philological circle give Anri Sala’s art work the right flair.

In contrast to the speed of mainstream media imagery, Anri Sala’s works are meditations on slowness, characterized by a near-total absence of camera movement which almost freezes scenes into paintings, and by an attention to seemingly unimportant details.