“SEE THAT MY GRAVE IS KEPT CLEAN”

Adaline Anobile

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Uma gravura renascentista de Albrecht Dürer representa uma cena insólita: uma mulher nua deitada numa mesa por detrás de uma grelha; do outro lado, um homem tenta reproduzir o que vê, usando a grelha como sistema de referência para medir, para assinalar, para ver. Mesmo que a figura da mulher seja captada por este dispositivo, denominado máquina de perspectiva, nunca será totalmente contemplada. A grelha não capta a sua profundidade ou pensamentos. Em See that my grave is kept clean, as três figuras na gravura – a mulher nua, o observador e a grelha – são transpostos para o palco.

 

Biografias

Adaline Anobile nasceu na Suíça. Concluiu um mestrado em Design Têxtil na Escolas de Artes Visuais La Cambre em Bruxelas (BE) antes de realizar a sua pesquisa em Dança. Em 2015, Adaline concluiu o seu mestrado em Coreografia no ex.e.r.ce / Centro Coreográfico Nacional em Montpellier (FR). O seu interesse por Filosofia, práticas somáticas, artes marciais e voz influenciaram o desenvolvimento da sua obra. Movendo-se entre campos, formatos e técnicas, a sua obra desenvolve-se entre diversos aspectos: matéria, palavras, corpos e conceitos que se contaminam uns aos outros em realidades de múltiplas texturas, que desafiam a hierarquia e a domesticação. Numa tentativa de captar estes espaços estranhos e íntimos, o seu processo questiona os sistemas. Vagueando entre o sistemático e o sensual, a sua obra ensaia mudanças na percepção. As suas obras mais recentes incluem À 10CM PRÈS, em co-autoria com Julie Gouju (2018); NOIR APPARENT, em co-autoria com Rudy Decelière (2014); e uma série de curtas performances a solo, como ALINEA (2016), ABBATIALE DE BELLELAY (2012) e RUNNING (2010). Como intérprete, tem trabalhado com João Fiadeiro, Laurent Pichaud e Jule Flierl. Actualmente, Adaline vive em Bruxelas.

 

 

Ficha técnica

Conceito e performance Adaline Anobile

Colaborador artístico Carolina Campos

Cenário Pauline Brun

Desenho de luz Leticia Sckrycky

Orientação artística Myrto Katsiki

Produção Landslide,  far° festival des arts vivants Nyon no contexto do programa Extra Time

Apoio Loterie Romande, Fondation suisse des artistes interprètes SIS

Parceiros Workspacebrussels, Honolulu Nantes, BUDA Courtrai, La Caldera Barcelona, Atelier REAL, Théâtre Saint-Gervais Genève

“SEE THAT MY GRAVE IS KEPT CLEAN”

Adaline Anobile

 

A print by Albrecht Dürer dating back to the Renaissance depicts a strange scene: a naked woman is lying on a table behind a grid; facing her on the other side, a man tries to reproduce what he sees, using the grid as a reference system to measure, to pinpoint, to see. Even if the figure of the woman is captured by this device, called a perspective machine, it will never be entirely contained. The grid cannot capture her depth or thoughts. In See that my grave is kept clean, the three figures in the print – the naked woman, the observer and the grid – are transposed to the stage.

 

Biography

Adaline Anobile was born in Switzerland. She completed a Masters in Textile Design at La Cambre Visual Arts School in Brussels (BE) before pursuing her research in dance. In 2015, she completed her Master’s degree in Choreography at ex.e.r.ce / National Choreographic Center in Montpellier (FR). Her interest in philosophy, somatic practices, martial arts and voice have influenced the development of her work. Moving between fields, formats and techniques, her work develops in the midst of things: matter, words, bodies and concepts contaminate each other in multi-textured realities that defy hierarchy and domestication. In an attempt to grasp these foreign yet intimate spaces, her process questions systems. Drifting between the systematic and the sensual, her work experiments with shifts in perception. Her latest works include À 10CM PRÈS co-written with Julie Gouju (2018); NOIR APPARENT co-written with Rudy Decelière (2014); as well as a series of short solo performances ALINEA (2016), ABBATIALE DE BELLELAY (2012) and RUNNING (2010). As a performer, she has lately been working with João Fiadeiro, Laurent Pichaud and Jule Flierl. She currently lives in Brussels.

 

 

Credits

Concept and performance Adaline Anobile

Artistic collaborator Carolina Campos

Set design Pauline Brun

Light design Leticia Sckrycky

Artistic guidance Myrto Katsiki

Production Landslide, far° festival des arts vivants Nyon in the context of Extra Time program

Support Loterie Romande, Fondation suisse des artistes interprètes SIS

Partners Workspacebrussels, Honolulu Nantes, BUDA Courtrai, La Caldera Barcelone, Atelier REAL, Théâtre Saint-Gervais Genève